Produtos Alimentícios Superbom
By Fábio Augusto Darius
Fábio Augusto Darius
First Published: July 26, 2021
A Superbom é uma indústria de alimentos vegetarianos da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Sua sede fica na Rua Domingos Peixoto da Silva, n.º 245, CEP 05868-680, bairro do Capão Redondo, cidade de São Paulo, região sudeste do Brasil.
Acontecimentos que Levaram ao Estabelecimento da Instituição
A Superbom surgiu em um momento muito desafiador para o progresso do adventismo na América do Sul. Greenleaf, em sua obra Terra de Esperança, apontou as adversidades e tensões enfrentadas pelos adventistas brasileiros na época. Segundo o autor, “a recuperação lenta das condições ocasionadas pelo tempo de guerra afundou o país numa depressão prolongada, que causou inquietação em políticos, militares e banqueiros.” Além disso, “outra onda de pânico surgiu em 1924, quando as unidades do exército em São Paulo se rebelaram, numa batalha de três semanas que envolvia a região onde estava localizada a sede da Associação.” Na época, quatorze granadas explodiram em diferentes locais próximos à Associação Paulista, mas sem perdas humanas ou estruturais. 1
Devido à situação narrada, obreiros do mundo todo doaram o valor de uma semana de seus salários para ajudar o Brasil, bem como outros países sul-americanos. Assim, pode-se notar que Deus guiou os líderes e obreiros do país, garantindo o sucesso da igreja, apesar dos inconvenientes. Embora precisasse enfrentar um cenário desafiador, a igreja continuou se desenvolvendo e criando métodos de trabalho para amenizar o sofrimento das pessoas, tendo como objetivo, se possível, educá-las em todos as áreas da vida.
Atualmente, é possível perceber, por meio de pesquisas históricas, o quanto as dietas brasileira e adventista eram opostas, o que demonstra a importância espiritual da Superbom nesse contexto. Os produtos frequentemente colocados nas mesas brasileiras eram questionáveis, segundo a orientação da igreja. Ellen G. White2 já havia dado instruções, há muito tempo, sobre a importância de evitar substâncias como café, ervas, temperos, bebidas alcoólicas e carne de porco. Como não havia opções viáveis para os recém-conversos no Brasil, a igreja percebeu a necessidade de abrir uma fábrica de alimentos naturais.3
Fundação da Instituição
A Superbom acompanhou de perto a transformação do antigo Colégio Adventista Brasileiro (CAB), atual Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), localizado na Estrada de Itapecerica, nº 5859, bairro do Capão Redondo, município de (na época) Santo Amaro, atual São Paulo. A fábrica surgiu na fazenda do antigo colégio a fim de atender à demanda local por suco de uva – o qual, ainda hoje, depois de mais de 90 anos, é conhecido pela qualidade por ser 100% natural e sem aditivos químicos. As atividades da Superbom, na época chamada Excelsior, começaram em meados de 1925, em uma casa nos arredores do CAB. Com isso, a criação da indústria foi vinculada ao colégio, sendo administrada pela diretoria da instituição de ensino na época. No entanto, a inserção efetiva da Superbom no mercado consumidor externo, além da escola, só aconteceu cerca de dez anos depois.4
Liderada pelos irmãos Ernesto Bergold e Evaldo Belz, gerentes da fazenda do CAB, a produção de suco de uva era motivada e voltada para atender à demanda do colégio.5 Portanto, a parceria entre a Superbom e o CAB beneficiava ambas as instituições. Enquanto a Superbom fornecia suco de uva com qualidade cada vez maior, custeando os estudos de alguns alunos internos, o CAB oferecia sua vasta área de cultivo e mão de obra para a produção.6
A Superbom beneficiou não só a faculdade, mas também os alunos, ao subsidiar os estudos de quem trabalhava na produção de suco. Na verdade, a fábrica tinha a intenção de “oferecer trabalho aos alunos que estavam se preparando para ser obreiros do evangelho.”7 Além disso, ela mantinha cerca de 45 bolsas por ano – ao menos até a primeira metade da década de 1970. Parte dos lucros era destinada a projetos especiais da escola, gerando benefícios para a comunidade ao entorno.8
Em 1935, Bergold e Belz decidiram produzir o suco em maior escala, além do necessário para o consumo do CAB. Eles foram apoiados pelos líderes da Divisão Sul-Americana, que perceberam a necessidade de oferecer novas opções de alimentação aos recém conversos. Logo a produção de sucos foi acelerada, e houve planejamento para a fabricação de outros produtos.9 Tudo isso no porão de uma casa antiga localizada nos fundos da cozinha do CAB, onde as primeiras instalações da Superbom foram estabelecidas.10 No ano seguinte, a fábrica passou a funcionar com a ajuda de 30 funcionários e produzia até 300 garrafas de suco por dia.11 Portanto, devido ao crescimento da empresa e à nova linha de produtos, foi necessária a mudança do local de funcionamento da fábrica para o antigo moinho escolar.12
A criação de uma fábrica de alimentos saudáveis no território da Divisão Sul-Americana evidenciou a consolidação de mais um importante ramo da obra adventista nessa região do mundo. De fato, a expansão das instituições e ramos de atividade da IASD já demonstrava a emancipação financeira dos irmãos sul-americanos, bem como o anseio da denominação no sentido do crescimento evangelístico sólido. Cientes de que existia certa preocupação quanto à estabilidade econômica, não havia margem para erros no desenvolvimento da nova empresa.
A princípio seria preciso, além de bons produtos, ter um nome que se perpetuasse. Há duas possibilidades quanto à criação do nome atual da fábrica. A primeira versão diz que o título Superbom foi idealizado a partir de uma anedota muito interessante. Conta-se que o responsável pela escolha foi Getúlio Vargas, na época presidente da República, quando ele teria provado o suco de uva ao visitar o antigo CAB, em 1936. Ao ser questionado pelo diretor da instituição, Domingos Peixoto, sobre o que havia achado do suco, ele respondeu: “É super bom!” Desde então, essa versão tem sido a mais aceita para o nome da marca. 13
A outra hipótese alega que a escolha do nome aconteceu quando o CAB fez um concurso entre os alunos para que sugerissem o nome da marca. Após dezenas de sugestões, foi escolhida a que melhor representava a qualidade do produto fabricado pela instituição. Daí o nome Superbom. Ou seja, um aluno, ainda desconhecido, teria sido o criador do nome, que foi aprovado após avaliação feita pela instituição de ensino. 14 No entanto, a primeira versão é a mais conhecida pelos brasileiros e a mais difundida para explicar a origem do nome da fábrica.
História da Instituição
Em 1940, a Superbom tinha 12 funcionários, nove vendedores, um caminhão e apenas três tipos de produtos – suco de uva, geleia de uva e suco de goiaba. Naquele ano, as vendas também apresentaram crescimento, alcançando o valor de 25.133,00 dólares.15 Ainda em 1940, além dos produtos citados acima, a Superbom passou a incluir outros produtos naturais no cardápio – geleia real, farinha de trigo integral, manteiga de amendoim e mel. Em 1941, a fábrica passou a fornecer milho para pipoca. A qualidade desses produtos foi atestada em 1943, quando a Superbom conquistou uma medalha de ouro em certa exposição em São Paulo e uma medalha de prata na Feira Mundial de Bruxelas, na Bélgica.16
Com o passar do tempo, a fábrica cresceu e se multiplicou. Entre 1941 e 1945, um novo edifício foi construído na colina da fábrica original. Em 11 de janeiro de 1944, ainda sob a liderança de Bergold, ela foi oficialmente e legalmente incorporada ao Instituto Adventista de Ensino (IAE), agora como um departamento industrial. Isso acelerou muito a difusão da marca, especialmente a nível denominacional. Em 1944, a Superbom ainda contava com a força de produção de 12 funcionários, administrados pelo próprio colégio.17
Os primeiros líderes da fábrica foram de suma importância para o impulso inicial da instituição, visto que foi a partir desse início sólido que a Superbom obteve estrutura suficiente para as futuras conquistas. De 1940 a 1953, os três gestores de maior importância para o sucesso da empresa foram: Ernesto Bergold, Arno Schwantes e Germano Ritter. No entanto, é justo dizer que esses três personagens não excluíram os esforços feitos pelos gerentes que os sucederam.
Em 1953, quando Dermival Stockler assumiu a direção da fábrica, a Superbom tinha quase duzentos funcionários. Uma renovação no processo produtivo foi fortemente percebida na gestão da Stockler, principalmente pelo lançamento de novos produtos, como suco de maracujá, geleia de maçã e morango, Sojinha e Cremel (pasta de amendoim com mel). Naquela época, a Superbom aproveitava todos os eventos possíveis para divulgar seus produtos. Um bom exemplo disso aconteceu em 1958, quando os produtos da fábrica foram exibidos na 48ª sessão da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.18
Em 1959 a Superbom abriu uma filial na cidade de Videira, no estado de Santa Catarina, com o objetivo de ampliar o alcance da marca. Durante o aniversário da cidade, a fábrica de aproximadamente 101.171 m²19 recebeu mais de setenta autoridades regionais.20 O novo estabelecimento se tornou mais uma extensão evangelística da Superbom.
Durante esse período, muitos produtos Superbom foram usados em aviões de viagens aéreas internacionais. No entanto, além do aspecto econômico, a Superbom permaneceu engajada na missão da igreja. Muitas pessoas conheceram a mensagem adventista, buscaram estudos bíblicos e acabaram sendo batizadas devido ao contato com os produtos da marca. Em 16 de outubro de 1961, por exemplo, cinco pessoas foram batizadas em Videira – cidade localizada no interior de Santa Catarina, onde não havia presença adventista antes da instalação da filial da fábrica.21
Um ano decisivo para o futuro da empresa foi 1962. Ainda sob a liderança de Stockler, a Superbom teve seu setor de produção modernizado. Isso gerou recordes de produção, tais como a confecção de 1.540.000 garrafas de suco de uva, somando as produções das fábricas de São Paulo e Santa Catarina. 22 Nesse ano, a fábrica operava com 120 funcionários, 60 vendedores, 11 caminhões e 20 tipos de produtos diferentes.23 Vale ressaltar que, mesmo com grande aumento de produção, a Superbom continuou a dignificar o nome da IASD com a pureza de seus produtos.
No ano seguinte, o Pastor Germano Boel assumiu a gestão da Superbom, após Stockler ter administrado a fábrica por dez anos. Boel deu continuidade ao projeto de desenvolvimento e expansão da empresa. Em 1967, por exemplo, a Superbom comprou máquinas, caminhões e ferramentas para produzir seus produtos com mais eficiência e fluxo.
Devido ao crescimento da fábrica, a Superbom fez novos investimentos. A ideia da liderança era que não havia motivo para restringir a atuação da empresa apenas à fábrica, já que a indústria de alimentos tinha capacidade para ir mais longe. Pensando em divulgar ainda mais os princípios alimentares em que acreditavam, os líderes da empresa deram dois passos importantes. Em primeiro lugar, a Superbom partiu em busca do mercado internacional, exportando seus produtos. Países como Alemanha, Portugal, Angola, Espanha, Holanda e até Egito receberam e puderam experimentar alguns produtos Superbom. Os principais produtos de exportação eram proteínas vegetais, geleias de frutas e sucos de abacaxi, maracujá e uva.24
A segunda decisão dos administradores foi abrir restaurantes. Eles acreditavam que, por meio desses estabelecimentos, as pessoas teriam acesso mais fácil não só à marca, mas também às mensagens de saúde em seu dia a dia. Esses estabelecimentos se diferenciavam de outros restaurantes por oferecerem opções vegetarianas, com produtos originários da fábrica, e também por terem foco missionário.
O primeiro restaurante criado pelo Superbom foi inaugurado em 29 de agosto de 1972. No dia da inauguração, estavam presentes o então diretor do Departamento de Alimentos da Associação Geral, Eric Howse, e o diretor do Departamento de Alimentos da Divisão Sul-Americana, Aleixo Pizarro. Além deles, também estiveram presentes alguns líderes da Divisão Sul-Americana e da Superbom, como Ardoval Schevani, diretor da empresa. O evento contou ainda com a presença de representantes de algumas redes de supermercados, o que conferiu relevância ao momento. O restaurante ficava no terceiro andar de um prédio localizado na Praça da Sé, centro de São Paulo. Um detalhe interessante é que, no estabelecimento, existia um balcão onde eram expostos alguns produtos da Superbom.25
Na primeira semana de funcionamento, o restaurante atendia cerca de 150 pessoas por dia. Esse número aumentou com o tempo.26 De fato, no final de 1975, três anos após a abertura do estabelecimento, cerca de 400 refeições diárias eram registradas. O crescimento no número de clientes ocorreu devido ao alto padrão da refeição vegetariana oferecida pelo restaurante.27 Assim, foi demonstrado que os bons serviços do restaurante não se limitavam apenas ao seu espaço físico.
Ainda em 1975, no final de semana do dia 15 de agosto, foi realizado um congresso sobre alimentação saudável na igreja do Capão Redondo, em São Paulo. Com o patrocínio do Superbom e sob a liderança do administrador do restaurante, R. S. Ferreira, o congresso contou com aproximadamente 600 pessoas na abertura.28 O evento enfatizou a importância de se ter um estabelecimento que compartilhasse seus ensinos com o maior número de pessoas possível, dentro ou fora de suas dependências.
Após a abertura do primeiro restaurante, os administradores da Superbom perceberam a importância desse serviço. Portanto, a partir de 1976, essa frente de trabalho experimentou um rápido crescimento e, no final daquele ano, a Superbom inaugurou mais um restaurante, também no estado de São Paulo. No ano seguinte, 1977, outro restaurante foi inaugurado, dessa vez em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Mais tarde, em outubro de 1979, a empresa já inaugurava seu quarto estabelecimento de comida vegetariana. Havia também um restaurante na cidade do Rio de Janeiro que, em certa ocasião, recebeu centenas de pessoas para ouvir o quarteto Arautos do Rei.29
Na época, os administradores acreditavam que esses restaurantes eram a "atividade mais lucrativa" da Superbom. As refeições e os serviços ali oferecidos eram novidade para a população brasileira. Nesse contexto, a fim de trazer pessoas a Cristo, a Superbom se uniu à Associação Paulista Leste (APL) na promoção de um experimento evangelístico, no qual as publicações adventistas foram agregadas à prática da alimentação saudável (o que já acontecia). Juntas, as duas instituições passaram a intervir de forma mais intencional na vida dos clientes. À medida que se tornavam mais dispostos a conhecer o evangelho, novos métodos foram colocados em prática para alcançá-los.30 Assim, era possível observar que esses restaurantes serviam para oferecer bem-estar, mas também para conduzir as pessoas ao reino de Deus.
Quando a Superbom abriu seu quarto restaurante, duas pessoas já haviam sido batizadas como resultado do trabalho evangelístico da empresa. Além disso, duas pessoas foram curadas de úlceras como influência da dieta oferecida pela Superbom.31 A cada dia, ficava evidente o compromisso que a empresa tinha com a saúde e a salvação de seus clientes. Seus restaurantes eram visitados por diversos tipos de pessoas. Não obstante, a maioria dos clientes elogiava o trabalho e o serviço prestado pelos estabelecimentos. Mas isso não era tudo. Para que a empresa continuasse avançando, mais mudanças precisavam acontecer. Em meados de 1983, ocorreu uma reunião de planejamento para discutir a separação entre a fábrica de alimentos e o IAE. Essa operação foi considerada necessária para que o Superbom pudesse obter maior flexibilidade na realização de transações comerciais e para o crescimento dos negócios.
Segundo o boletim da União Sul Brasileira (USB) de 6 de julho de 1983, um dos motivos para a separação entre a Superbom e o IAE foi o crescimento da indústria de alimentos, que aos poucos transformou o colégio em um anexo da fábrica.32 Por outro lado, havia certa preocupação quanto ao relacionamento entre a Superbom e a Igreja Adventista do Sétimo Dia, visto que as pessoas conheciam a igreja ao identificarem a fábrica com a instituição de ensino.33 Portanto, a própria Superbom seria responsável por dar continuidade a essa estratégia, relacionando seus produtos à mensagem adventista.
A dissociação completa entre Instituto Adventista de Ensino e a Superbom ocorreu mais precisamente em janeiro de 1984.34 Devido ao desmembramento e desapropriação que a fazenda do IAE havia sofrido por parte do governo, “a Superbom ficou com aproximadamente 56.000 m², além de 5.448 m² para o posto de vendas e o escritório atual.”35 Essa mudança consolidou sua emancipação de uma vez por todas. Portanto, juridicamente, a Superbom só surgiu em 1984, quando foi feito o cadastro na Câmara de Comércio, com o registro do contrato.
Após mudanças consideráveis em sua administração, a Superbom avançou com compromisso e coragem, alcançando maior projeção nacional. Após a Superbom ter sido aprovada, ela comprou a Fábrica de Produtos Saudáveis New Life (em atividade desde 1958). Essa indústria era especializada em produtos categorizados como alimentos “matinais”, tais como a geleia real. A Superbom decidiu continuar na mesma linha de produção da New Life, apenas ampliando sua clientela. 36
Embora tenha apresentado crescimento significativo, a Superbom passou por algumas dificuldades no final dos anos 1980. Com a implementação de uma nova moeda no Brasil (derivada do plano Cruzado) a partir de 1986, a fábrica enfrentou dificuldades para adquirir matéria-prima. Isso porque os fornecedores se recusaram a vender os produtos a preços baixos, efeito da alta da inflação que assolou a economia. Como a demanda por produtos industriais era grande, o estoque da fábrica começou a diminuir significativamente entre 1986 e 1987. 37
Como resultado, os restaurantes foram seriamente afetados. Devido ao grande desequilíbrio financeiro, a administração da Superbom decidiu fechar seis deles, mantendo apenas o que ficava próximo à fábrica, na Estrada de Itapecerica. Além disso, ela fechou sua padaria e vendeu o equipamento para o IAE.38 Durante esse período, a Superbom também deixou de gerir a fábrica recém-adquirida New Life.39 Tais medidas foram tomadas na tentativa de estabilizar a situação financeira da empresa, o que só aconteceu no final de 1989.
Em 2 de abril de 1987, mesmo em meio à crise, a Superbom conseguiu inaugurar seu prédio administrativo, com 2.070 m² de área construída, em tempo recorde – pouco mais de um ano. Na cerimônia de abertura, o Pastor João Wolff, então presidente da Divisão Sul-Americana, recebeu uma chave simbólica do prédio, representando assim “a inclusão (da Superbom) no patrimônio da divisão”. Com o cortar da fita inaugural pelo líder Eric Fehlberg e pelos pastores Wolff e Rui Nagel, o prédio, que custou cerca de 1,5 milhão de dólares, estava pronto para receber todo o corpo administrativo da empresa. 40
Posteriormente, em 1989, a Superbom implantou uma câmara frigorífica para armazenamento de produtos sazonais e passou a fornecer sucos de uva, maracujá e tomate para uma rede internacional de hipermercados. Em 1990, a empresa tinha 400 funcionários, 30 dos quais eram obreiros. No ano seguinte, ela introduziu os flocos de milho no mercado. Naquela época, a produção de suco de uva41 atingiu a marca histórica de 4.200.000 garrafas. Além disso, toda a ampla gama de produtos, como geleias de morango, abacaxi, uva e goiaba, suco de tomate, abacaxi e maracujá, proteína à base de soja,42 mel,43 cereais matinais e cevada, conseguiu atingir grande quantidade de produção.44
Nessa mesma época, a Superbom criou novos produtos. Em 1990, havia grande parte do público brasileiro que gostava de café, o qual, ao optar por deixar de consumir o produto, não encontrava alternativas válidas no mercado. Para esse público, a Superbom introduziu em sua linha de produtos matinais a cevada e cappuccinos descafeinados. Além disso, a empresa começou a oferecer produtos populares para festas, como champanhe 100% saudável e sem álcool.45 A partir daí, o consumidor que quisesse comemorar sem usar álcool teria acesso a um produto de composição confiável. É importante notar que, ao criar tais produtos, a Superbom tinha como objetivo trazer mais pessoas a Cristo e incentivar um estilo de vida saudável.
Ao longo de sua história, a Superbom impactou a vida de muitos brasileiros. Uma dessas pessoas foi Maria Auxiliadora Garcia de Oliveira que, no final da década de 1970, chegou à cidade de Cuiabá para trabalhar na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Maria Auxiliadora começou a dar aulas no curso de Nutrição, lecionando a disciplina de Bromatologia (ciência que estuda a composição dos alimentos). Uma das práticas desenvolvidas na disciplina era a análise de alimentos comercializados em supermercados.46
Em um dos estabelecimentos visitados por Auxiliadora, certo produto chamou sua atenção. Era um suco de uva sem conservantes. Depois de levar o frasco para análise em aula, ela observou que a descrição do produto era confiável, pois seu conteúdo era realmente 100% natural. Ela ficou surpresa e até divulgou inadvertidamente a marca responsável pela fabricação do suco – a Superbom – entre seus alunos, dizendo-lhes que experimentassem os produtos da empresa, já que eram naturais de fato.47
Algum tempo depois, uma de suas amigas, que estava recebendo estudos bíblicos, convidou Auxiliadora para se juntar a ela. Quando Maria chegou à casa do instrutor bíblico, ela notou uma garrafa de suco Superbom sobre a mesa. Ao confirmar que a igreja do instrutor era a mesma que a daquela marca, Maria lembrou o que estava escrito na garrafa de suco que a surpreendeu quando estava em aula: “Uma indústria adventista a serviço de sua saúde.” Desde então, ela tem admirado a mensagem pregada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. 48
Durante os estudos bíblicos, Auxiliadora teve acesso a livros de Ellen G. White. Além disso, ela aprendeu sobre o estilo de vida adventista e foi a um templo dessa denominação religiosa pela primeira vez. Depois de ter sido batizada, declarou: “Foi por meio da Superbom que conheci a Igreja Adventista do Sétimo Dia. E meu estilo de vida foi radicalmente transformado por meio desse conhecimento.” São histórias como essa que impulsionam os colaboradores da Superbom a continuar buscando a excelência em seus serviços e produtos, com o objetivo principal de alcançar pessoas para o reino de Cristo. 49
Papel Histórico da Instituição
A Divisão Sul-Americana começou a administrar diretamente a empresa após perceber a perspectiva evangelística da Superbom. Como descrito anteriormente, em 1969, a fábrica não pertencia mais ao IAE. Nessa ocasião, foi criada a Companhia de Alimentos da Divisão Sul-Americana. O departamento funcionava sob a liderança de um comitê executivo que representava a divisão, as uniões e outras fábricas de alimento adventistas na América do Sul. 50
Aleixo Pizzaro, então diretor da fábrica de alimentos, destacou a responsabilidade que cabia aos gestores escolhidos para dirigir a Superbom, cuja alternância ocorria de tempos em tempos, seguindo o ciclo administrativo normal da instituição.51 Segundo Pizarro, a empresa traçou três filosofias distintas: a pregação do evangelho por meio da mensagem de saúde, a colaboração entre instituições e a obtenção de lucros para poder subsidiar a pregação do evangelho. 52 Consequentemente, o trabalho da Superbom seguia os mesmos propósitos.
Até 1973, havia 27 fábricas de alimento e 64 pontos de venda pertencentes à Igreja Adventista do Sétimo Dia em todo o mundo. Dessas fábricas, três localizavam-se na América do Sul, enquanto uma quarta (no Chile) estava em fase final de construção. Nesse período, entre as quase 30 fábricas, a Superbom alcançou “a terceira colocação no mundo em volume de vendas”,53 revelando então a potência que a empresa brasileira estava se tornando. A saber, a fábrica chilena, afiliada da fábrica brasileira, só começou a funcionar no final de 1976. 54
Ao instalar uma filial no Chile, a Superbom pretendia criar um local responsável pela produção de frutas desidratadas e em conserva. A ideia era que esses produtos pudessem ser distribuídos no Chile, mas também exportados para o Brasil e até para outros países. 55 Essa meta durou até meados de 2017, quando a empresa passou a comercializar toda a sua linha de produção no Chile. 56
Em meados de 1978, a fábrica chilena fechou contrato com o governo local e passou a fornecer merenda escolar. A partir de então, essa indústria deu os primeiros passos em direção à independência financeira. O Pastor Geraldo Bökenkamp, ao relatar essa experiência, disse: “A pedido das famílias dos alunos, os produtos também estão sendo vendidos em supermercados e mercearias chilenas, pois as crianças querem comer em casa a mesma comida que recebem na escola.” Tal reconhecimento foi ótimo para os adventistas no Chile, já que a Superbom-Chile também foi submetida à liderança da Divisão Sul-Americana, por meio da Companhia de Alimentos.57
A certa altura, a Superbom intensificou sua preocupação com a pouca acessibilidade que as classes mais baixas tinham aos produtos da marca. Desde o início da obra adventista, tanto em solo brasileiro quanto sul-americano, a população era composta em sua maioria por um contingente de baixo poder aquisitivo. Portanto, para atender a essas classes, em 1976, a Superbom lançou produtos mais acessíveis, dentre os quais se destaca a Proteína Vegetal Texturizada (PVT).58 O produto, que prometia ser um “milagre de produção”, não atendeu categoricamente às expectativas, embora o gerente de produção da Divisão Sul-Americana, Dr. John Cole, e o diretor da fábrica, Joel Zukowski, tivessem destacado a eficácia do produto no objetivo de servir às classes mais baixas.59
Apesar de ser um produto de produção contínua, o PVT não assumiu a posição de liderança da marca, que pertencia ao suco de uva, sendo este o produto de maior produção até o momento. Ainda assim, em 1978, a Companhia de Alimentos anunciou um faturamento de mais de 13 milhões de dólares, somando os resultados de todas as empresas que participaram do ministério adventista de alimentos na divisão.60 As duas principais fábricas eram a Superbom e a Granix, em Buenos Aires. Juntas, elas “formavam a segunda maior indústria alimentícia adventista do mundo”, tornando perceptível a capacidade e o compromisso demonstrados pela Superbom diante de um cenário mais competitivo. 61
A questão financeira foi apenas uma das evidências do sucesso da Superbom. Em 18 de junho de 1979, no Rio de Janeiro, a empresa foi premiada com o Troféu Internacional Food/América, 62 o que representou mais um reconhecimento da marca no mercado competitivo. Ainda assim, no mesmo período, o caráter missionário da empresa se tornou mais evidente com a abertura de diversos cursos, nos quais os participantes eram convidados a conhecer a mensagem adventista. Além disso, havia restaurantes vegetarianos que davam o seu testemunho por todo o país; o mais famoso ficava na Praça da Sé, em São Paulo.
Apesar dos desafios enfrentados ao longo dos anos, a Superbom permaneceu entre as empresas em ascensão. A fábrica continuou investindo seus resultados financeiros no apoio ao ministério evangelístico da IASD a nível regional e sul-americano. Em 1984, enquanto ainda contava com 550 funcionários, 20 dos quais eram alunos do Instituto Adventista de Ensino, a indústria enviava 20% de seu lucro líquido para o departamento de Evangelismo da DSA. Em outra ocasião, no mesmo ano, em apoio ao evangelismo local, a empresa doou um milhão de publicações para a União Sul Brasileira. 63 Com começo humilde, a Superbom se tornou uma indústria com grande potencial evangelístico e continuou a lutar batalhas importantes em prol da mensagem adventista.
Visão Geral
Em 2012, a “Academia Brasileira de Honra ao Mérito (Abrahm) concedeu à Superbom o selo de ouro do Prêmio Top Qualidade Brasil - Gastronomia. No mesmo ano, a Superbom foi considerada proeminente na distribuição de suco concentrado pela Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores (Abad). É possível destacar também a constatação feita pelo Laboratório de Referência de Enologia (Laren) de Caxias do Sul (RS), que mostrou que o suco de uva Superbom tem uma concentração 21,7% maior que a dos concorrentes.”64
Em 2015, a Superbom passou a disponibilizar franquias de lanchonetes em escolas, chamadas Superveg, “a primeira franquia de cantinas sustentáveis do Brasil.” 65 Além de oferecer alimentação saudável, a Superveg tem outro diferencial, pois os pais das crianças podem acompanhar a alimentação dos filhos pela internet. A primeira escola a receber o modelo foi o Colégio Adventista Milton Afonso, localizado na cidade de Brasília, Distrito Federal.66
Para continuar atendendo seus clientes de forma satisfatória, a empresa continua realizando investimentos financeiros a cada ano, com o objetivo de desenvolver novos produtos saborosos e, acima de tudo, de grande benefício à saúde do consumidor.67 Além disso, a Superbom se esforça para crescer no mercado de exportação. Até 2008 a empresa exportava produtos para países como Japão e China. Já em 2014, começou a exportar melaço de cana para a Alemanha e, desde 2016, também exporta para o Paraguai. Assim, seus produtos continuam chegando a diversos países ao redor do globo.68
A Superbom também mantém boas relações com outras instituições adventistas. Dentre suas parcerias, destaca-se o relacionamento com a Rede Novo Tempo de Comunicação. Em 2016, ambas as instituições criaram um reality show intitulado Melhor da Vida – transmitido durante o programa Vida e Saúde, que já fazia parte da programação fixa da TV Novo Tempo. O objetivo do programa era fazer com que os participantes superassem desafios físicos, psicológicos e emocionais. Ao final, alguns profissionais faziam uma avaliação dos participantes, sugerindo mudanças necessárias para que tivessem uma vida melhor.69
Ainda em 2016, a fim de acompanhar o desenvolvimento da cultura digital, a Superbom lançou um aplicativo com receitas vegetarianas. Com essa nova ferramenta, os usuários de tablets e smartphones podem acessar mais de cinquenta receitas, bem como “consultar informações nutricionais sobre todos os produtos do extenso portfólio da Superbom.”70
A mais recente parceria de grande relevância feita pela Superbom foi com a rede de fast-food Giraffas, sendo esta a primeira parceria do setor com uma rede internacional de restaurantes. A rede investiu cerca de um milhão de reais para criar um novo cardápio, que contém, por exemplo, bife de ervilha.71
Essas inovações mostram que a Superbom amadureceu e chega ao início do terceiro milênio como uma empresa de crescimento sólido e notável. No entanto, bons produtos, servidores qualificados, equilíbrio financeiro e amplo alcance comercial são apenas meios para alcançar o objetivo maior, que é trazer pessoas a Cristo. Pensando nisso, a quase centenária Superbom consolidou-se como um importante ramo da obra adventista no Brasil. Seus dirigentes e servidores permanecem comprometidos com a missão de evangelizar e apoiar a difusão da mensagem bíblica, reconhecendo a direção de Deus ao longo do caminho institucional e o desafio de dar continuidade à missão evangélica, na qual a instituição atua desde 1925.72
Hoje, a Superbom é uma das empresas mais consolidadas na produção de produtos vegetarianos em todo o Brasil, que são comercializados em mais de 25 mil pontos de venda.73 A fábrica conta com 160 funcionários e uma gama de produtos que abrange 15 categorias, com diversas opções.
Lista de Nomes
Excelsior (1925-1936); Produtos Alimentícios Superbom (1936-atual).
Lista de Gerentes/Diretores
Adopho Bergold (1940-1943); Ernesto Bergold (1944); Arno Schwantes (1945-1951); Germano Ritter (1951,1952); Dermival S. de Lima (1953-1960); Pirajás Dias (1961,1962); Dermival S. de Lima (1963-1967); Siegfried Genske (1968-1970); Ardoval Schevani (1970-1974); Alejo Pizarro (1974, 1975); Japhet Leme (1975,1976); Joel Zukowski (1976-1980); Mario Fehlberg (1981-1984); Lourival Cruz (1984-1987); Paulo Stabenow (1987, 1988); Lauro Grellmann (1988-1996); Itamar de Paula Marques (1998-2002); David Deana (2003-2007); Alexandre Lopes (2007-2011); Adamir Alberto (2012-2019); Flávio André Nunes dos Santos (2019-atual). 74
Referências
Adão, Cláudio Augusto. “Superbom.” Monografia, Instituto Adventista de Ensino, 1985.
Adventistas Brasil. “O Suco que transforma vidas - Superbom | Igreja Adventista.” Vídeo no YouTube com o testemunho de Maria Auxiliadora, 14 de novembro de 2013.
“Avaliação por setores.” Revista Adventista, dezembro de 1984.
Cardoso, Ivo. “Superbom lança novo e barato produto.” Revista Adventista, maio de 1976.
Coelho, Gerda Oliveira. “Superbom.” Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990.
“Companhia de Produção de Alimentos da Divisão Sul-Americana.” Revista Adventista, novembro de 1978.
“Declarações do Pastor Eric Howse.” Revista Adventista, dezembro de 1973.
Desidério, Mariana. “Giraffas lança pratos vegetarianos em parceria com Superbom.” Revista Exame (Online), 13 de junho de 2019.
Enciclopédia da Memória Adventista no Brasil. https://bit.ly/2LgVGM2.
“Escritório Superbom.” Revista Adventista, maio de 1987.
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Notas de Fim
- Floyd Greenleaf, Terra de Esperança (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), 176-177.↩
- “Ellen G. White foi uma pessoa de notáveis talentos espirituais, que viveu a maior parte de sua vida durante o século 19 (1827-1915). [...] Ellen White foi muito mais que apenas uma escritora talentosa – creem que ela foi apontada por Deus para ser uma mensageira especial, a fim de atrair a atenção de todos para as Sagradas Escrituras, e ajudá-los a se prepararem para a segunda vinda de Cristo.” Acessado em 25 de outubro de 2018, https://goo.gl/imCr1P.↩
- Cleyton Ribeiro de Souza e Fabio Augusto Darius, “Diferenças entre a reforma de saúde proposta por Ellen White e o diet vegetariano comum” (Artigo apresentado no VIII Congresso Internacional de Ciência de Religião, Pontifícia Universidade Católica – PUC, 2016), acessado em 20 de junho de 2019, https://bit.ly/2Y79vR0; Floyd Greenleaf, Terra de Esperança (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), 602.↩
- Cláudio Augusto Adão, “Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, 1985), 6.↩
- É importante mencionar que o desenvolvimento, ou criação, de uma fábrica de alimentos adventista quase sempre aconteceu próximo a instituições educacionais da igreja. Como exemplo, podemos mencionar o Colégio de Ensino Superior e Sanatório de Avondale.↩
- Com relação ao subsídio assumido pela empresa, essa solicitação pela assistência de estudantes está registrada no relatório da X Assembleia Geral Ordinária do Colégio Adventista Brasileiro, em 8 de dezembro de 1976, onde diz “o departamento da fábrica Superbom também permanece fornecendo oportunidades a estudantes que não têm recursos financeiros para levar adiante o sonho de obter preparação educacional.” ↩
- “Relatório quadriênio 76/79,” em Relatório da XXII Assembleia Quadrienal da União Sul Brasileira, 114.↩
- Gerda Oliveira Coelho, “Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 4.↩
- Cleyton Ribeiro de Souza, “A filosofia por trás da Superbom: uma história do Adventismo” (Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica – PUC, 2018), 84.↩
- Reones Alves Nunes, “Superbom - História e Comércio” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 2.↩
- Cláudio Augusto Adão, “Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, 1985), 6.↩
- Gerda Oliveira Coelho, “Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 2-3.↩
- Enciclopédia da Memória Adventista no Brasil, “Produtos Alimentícios Superbom Indústria e Comércio LTDA,” acessado em 25 de outubro de 2018, https://bit.ly/2XBxt9K. ↩
- Adolfo Semo Suárez, “Superbom: História e desenvolvimento” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 4; Cláudio Augusto Adão, “Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, 1985), 03.↩
- Cláudio Augusto Adão, “Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, 1985), 6; Ederson Costa Jacinto, “História e Planos da Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 5.↩
- Adolfo Semo Suárez, “Superbom: História e desenvolvimento” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 6.↩
- Cleyton Ribeiro de Souza, “A filosofia por trás da Superbom: uma história do Adventismo” (Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica – PUC, 2018), 85.↩
- Ibid., 88.↩
- Reones Alves Nunes, “Superbom - História e Comércio” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 9.↩
- Cleyton Ribeiro de Souza, “A filosofia por trás da Superbom: uma história do Adventismo” (Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica – PUC, 2018), 85.↩
- Siegfried Hoffmann, “Uvas e almas,” Revista Adventista, fevereiro de 1962, 24.↩
- Hélio Ítalo Serafino, “Novas da Colina Iaense,” Revista Adventista, julho de 1962, 31.↩
- Ederson Costa Jacinto, “História e Planos da Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 5.↩
- Jonas C. M. Júnior, “Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1986), 10; Gerda Oliveira Coelho, “Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 11.↩
- “Superbom inaugura seu primeiro restaurante vegetariano,” Revista Adventista, no. 12, dezembro de 1973, 24.↩
- E. W. Howse, “Vegetarian Foods Served at Sao Paulo Restaurant [Alimentos Vegetarianos São Servidos em Restaurante Paulistano],” ARH, dezembro de 1973, 19.↩
- E. W. Howse, “SDA Restaurant Serves Dual Role [Restaurantes Adventistas Servem um Papel Duplo],” ARH, dezembro de 1975, 17.↩
- Ibid.↩
- Floyd Greenleaf, Terra de Esperança (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), 702.↩
- “Relatório quadriênio 76/79,” Relatório da XXII Assembleia quadrienal da União Sul Brasileira, 114.↩
- “Restaurantes Adventistas: Para Orientar o Povo e Ganhar Almas.” Revista Adventista, agosto de 1979, 34-35.↩
- Adolfo Semo Suárez, “Superbom: História e desenvolvimento” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 11-12.↩
- Ibid; Cleyton Ribeiro de Souza, “A filosofia por trás da Superbom: uma história do Adventismo” (Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica – PUC, 2018), 85.↩
- Alessandro Neves Fuza, “Superbom e seu histórico” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, junho de 1985), 5.↩
- “O Último Decreto,” Revista Adventista, setembro de 1983, 21.↩
- “Superbom Compra a New Life,” Revista Adventista, março de 1985, 32-33.↩
- Ederson Costa Jacinto, “História e Planos da Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 07-08.↩
- Ibid.↩
- “New Life desvincula-se da Superbom.” Revista Adventista, dezembro de 1987, 21.↩
- “Escritório Superbom.” Revista Adventista, maio de 1987, 20-21.↩
- “O suco de uva natural é uma parte importante da história da Superbom. Produzido nas cidades de Videira e Lebon Régis, no estado de Santa Catarina, ajudou a marcar o início da empresa e, desde o seu lançamento, tem mantido a liderança plena como o suco de uva mais lembrado pelo consumidor.” Melchi Rodrigues, dir. 2003. Superbom: Uma indústria adventista a serviço de sua saúde. Superbom. Filme de 7mm. Acervo do Centro White, CD de vídeos.↩
- “Produzido a partir da soja, apresenta uma opção inteligente para alimento alternativo à carne.” Na forma de “bife, salsicha e carne vegetal, em lata. Na versão congelada, oferece almôndegas, kibe, hambúrgueres, cachorros-quentes e nuggets.” Melchi Rodrigues, dir. 2003. Superbom: Uma indústria adventista a serviço de sua saúde. Superbom. Filme de 7mm, acervo do Centro White, CD de vídeos.↩
- “Com a Superbom, a maestria da técnica do mel chegou ao Brasil, o que significou a milhões de brasileiros o acesso ao produto rico em energia e eficiente para prevenir infecções.” Melchi Rodrigues, dir. 2003. Superbom: Uma indústria adventista a serviço de sua saúde. Superbom. Filme de 7mm, Acervo do Centro White, CD de vídeos.↩
- Reones Alves Nunes, “Superbom - História e Comércio” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 13.↩
- O produto chamado “Allegra é um Champagne não preservado de carbonato não-alcoólico. Seus sabores são pêssego, uva, abacaxi e maçã.” Melchi Rodrigues, dir. 2003. Superbom: Uma indústria adventista a serviço de sua saúde. Superbom. Filme de 7mm. Acervo do Centro White, CD de vídeos.↩
- Adventistas Brasil, “O Suco que transforma vidas - Superbom | Igreja Adventista” (Vídeo no YouTube com o testemunho de Maria Auxiliadora, 14 de novembro de 2013), acessado em 25 de junho, 2019, https://bit.ly/2S0zKrY.↩
- Ibid.↩
- Ibid.↩
- Ibid.↩
- Gerda Oliveira Coelho, “Superbom” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, maio de 1990), 2.↩
- Cleyton Ribeiro de Souza, “A filosofia por trás da Superbom: uma história do Adventismo” (Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica – PUC, 2018), 93-94.↩
- “Grandes Coisas Fará no Brasil o Departamento de Alimentação.” Revista Adventista, no. 10, outubro de 1973, 21.↩
- “Declarações do Pastor Eric Howse,” Revista Adventista, dezembro de 1973, 20.↩
- “Companhia de Produção de Alimentos da Divisão Sul-Americana,” Revista Adventista, novembro de 1978, 31.↩
- Alejo Pizarro, “South American Food Plants Follow Ellen White Counsel [Plantas de Fábricas de Alimento Seguem Conselho de Ellen White],” ARH, abril de 1976, 18.↩
- Maria Cristina Frias. “Pacífico.” Folha de São Paulo, 8 de agosto de 2017.↩
- “Filosofia Alimentar Adventista: Evangelismo através de Relações Públicas,” Revista Adventista, março de 1981, 24-26.↩
- A proteína texturizada de soja ou carne de soja é um produto alimentar, obtido industrialmente através da extrusão termoplástica. Possuí teor de proteína superior a 50%, sendo uma opção aos vegetarianos, além de não conter gordura saturada ou colesterol. Acessado em 22 de agosto de 2019, https://bit.ly/2P9CSlE.↩
- Ivo Cardoso. “Superbom lança novo e barato produto,” Revista Adventista, no. 5, ano 71 (maio de 1976): 9.↩
- Cleyton Ribeiro de Souza, “A filosofia por trás da Superbom: uma história do Adventismo” (Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica – PUC, 2018), 103.↩
- Floyd Greenleaf, Terra de Esperança (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), 701.↩
- “No Rio, Superbom Ganha Troféu Internacional.” Revista Adventista, agosto de 1979, 17.↩
- “Avaliação por setores.” Revista Adventista, dezembro de 1984, 23.↩
- Superbom, “Conheça a empresa,” acessado em 26 de junho de 2019, https://bit.ly/2S4FdxM.↩
- Para mais informações, acesse: https://bit.ly/2PqTbIC.↩
- “Superbom chega às cantinas escolares,” Notícias Adventistas, 30 de março de 2015, acessado em 25 de junho de 2019, https://bit.ly/2KJKqbR.↩
- Maria Cristina Frias. “Sem carne.” Folha de São Paulo, 20 de fevereiro de 2017.↩
- Maria Cristina Frias. “Campo de Provas.” Folha de São Paulo, 1º de maio de 2016.↩
- “Programa da Novo Tempo vai acompanhar pessoas em busca de qualidade de vida,” Notícias Adventistas, 4 de fevereiro, 2016, acessado em 27 de junho de 2019, https://bit.ly/2Xdd8IA.↩
- “Superbom lança APP com receitas veganas e vegetarianas,” Notícias Adventistas, 7 de junho, 2016, acessado em 25 de junho de 2019, https://bit.ly/2Fvt5z2.↩
- Mariana Desidério, “Giraffas lança pratos vegetarianos em parceria com Superbom,” Revista Exame, 13 de junho de 2019, acessado em 27 de junho de 2019, https://bit.ly/2xiPk6B.↩
- Melchi Rodrigues, dir. 2003. Superbom: Uma indústria adventista a serviço de sua saúde. Superbom. Filme de 7mm. Acervo do Centro White, CD de vídeo, 6: 25.↩
- Superbom. “A Superbom,” acessado em 26 de junho de 2019, https://bit.ly/34tu8ZK.↩
- “South American Division health food Company [Companhia de Alimentos da Divisão Sul-Americana],” in Seventh-day Adventist Encyclopedia, ed. Don F. Neufeld, (United States: Review and Herald, 1996), 639; Wendel Lima, “O evangelho vai à mesa,” Revista Adventista, novembro de 2010, 22; Seventh-day Adventist Online Yearbook, “Brazil Food Factory [Fábrica de Alimentos Superbom],” acessado em 21 de junho de 2019, https://bit.ly/2RWvyti. Para mais informações sobre a Superbom, acesse o site: superbom.com.br ou as mídias sociais – Facebook, Instagram e Twitter: @SuperbomBR.↩