Aeriel view of Agro-Industrial Adventist Trans-Amazon Academy.

Photo courtesy of Agro-Industrial Adventist Trans-Amazon Academy Archives, accessed on April 15, 2020, https://bit.ly/3cU232v

Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial

By Josafá da Silva Oliveira, and Yanka de Araújo Pessoa

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Josafá da Silva Oliveira

Yanka de Araújo Pessoa

First Published: November 24, 2021

O Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial (IATAI) é um colégio de ensino fundamental e médio que oferece tanto o ensino diurno como o internato. Pertence à Igreja Adventista do Sétimo Dia e faz parte da rede adventista de ensino mundial.1

O IATAI atua no campo missionário da União Norte Brasileira (UNB).2 O colégio está localizado na Rodovia Transamazônica, no quilômetro 152 do trecho Altamira-Itaituba, CEP 68140-000, na cidade de Uruará, no estado do Pará, Brasil.3

A instituição funciona em uma grande fazenda de 2.807 hectares. Possui dormitórios femininos e masculinos, um edifício administrativo, um ginásio poliesportivo, piscina semiolímpica, uma escola de música e um restaurante onde é servido alimento cultivado no próprio campus. Há também uma biblioteca e uma sala de estudos que fornece a estrutura necessária para os estudantes.4

Acontecimentos que Levaram ao Estabelecimento do Colégio

A mensagem adventista chegou ao estado do Pará no final da década de 1920. Até onde se sabe, os primeiros missionários adventistas a chegarem à região foram o Pastor John L. Brown e os colportores Hans Mayr e André Gedrath. O trio, enviado pela União Este Brasileira (atual União Sudeste Brasileira), chegou a Belém, capital do estado, em 1927 com o objetivo de estabelecer a Missão Baixo Amazonas (MBA), atual Associação Norte do Pará (ANPa). O território anteriormente coberto pela MBA corresponde hoje aos estados brasileiros do Pará, Amapá, Maranhão, Ceará, Piauí, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.5

Ao John Brown ser chamado para servir no escritório da Divisão Sul-Americana em 1928, o Pastor Leo Halliwell e a sua esposa Jessie foram chamados para servir na MBA. Ao chegar à região, o casal constatou que a maior necessidade dos habitantes era de assistência social e sanitária. Dessa forma, decidiram construir uma lancha médico-missionária, chamada Luzeiro, para navegar no rio Amazonas, de Belém a Manaus, oferecendo cuidados médicos. A lancha foi inaugurada em julho de 1931.6

O trabalho do Luzeiro na região Amazônica levou a mensagem adventista a muitos lugares. Entre eles, estava a cidade de Santarém, no oeste paraense, que foi visitada por Leo Halliwell em 1934, em uma das viagens do Luzeiro de Belém a Manaus. Ali, Halliwell entrou em contato com a família Jennings, que mais tarde se tornou a primeira família adventista da região.7 Com a expansão da mensagem adventista para outros lugares do norte do país, a União Norte Brasileira (UNB) foi criada em 1936 para servir adventistas do território que anteriormente fazia parte da MBA.8

Santarém foi o reduto principal dos adventistas no oeste do Pará até a década de 1970, quando o governo brasileiro iniciou a construção da rodovia federal BR-230, também conhecida como rodovia Transamazônica. Essa estrada ligaria o estado do Rio Grande do Norte, no nordeste do Brasil, ao estado do Acre, no extremo noroeste do país, na fronteira com a Bolívia. Com a construção da rodovia, muitas cidades do estado do Pará também foram construídas à beira da estrada. Foi o caso de Altamira, cidade que, em 1972, foi alvo de evangelização por parte da Missão Baixo Amazonas.9

Antes do surgimento do IATAI, os adventistas no estado do Pará que desejavam proporcionar educação com princípios cristãos aos seus filhos precisavam enviá-los para internatos adventistas localizados em outras partes do país, longe de suas famílias. Os internatos mais próximos eram o Instituto Adventista Agroindustrial, no Amazonas, e o Educandário Nordestino Adventista, em Pernambuco. Esse foi um período em que os internatos adventistas estavam crescendo e ganhando destaque no âmbito educacional. Levando em conta a distância e o esforço dos pais, a UNB decidiu criar um colégio no estado do Pará para oferecer às famílias adventistas educação de qualidade e princípios cristãos sólidos, mas que também pudesse alcançar estudantes e famílias que ainda não conheciam a mensagem adventista.10

No início da década de 1970, a liderança da UNB buscou ajuda dos agricultores e irmãos Ervino e Lindolpho Gutzeit para encontrar um lugar onde pudessem construir um colégio interno no Pará. Os irmãos Gutzeit iniciaram a busca por um local apropriado ao longo da Transamazônica em 1973. Quando chegaram à faixa entre os municípios de Altamira e Rurópolis, perto de um grande engenho de açúcar, encontraram uma área de solo roxo (um tipo de solo muito fértil) com potencial para o estabelecimento do colégio. Venderam então as suas propriedades na rodovia Belém-Brasília e compraram lotes de terreno nesse novo local. Esperavam que, após a mudança, encontrassem um local adequado dentro dessa grande área para a construção da nova escola.11

Fundação do Colégio

Em meados da década de 1970, os dirigentes da UNB e do Hospital Adventista de Belém (HAB) reuniram-se em Rurópolis para considerar a criação do novo internato. O grupo tinha encontrado um terreno na zona rural do município de Uruará, na Rodovia Transamazônica, quilômetro 150. O local enquadrava-se no perfil procurado pela Igreja Adventista para a construção de colégios internos. Na época, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) brasileiro expropriaria algumas terras na zona rural de Uruará com o intuito de colonizar e entregar 500 hectares aos interessados na região do solo roxo, precisamente a encontrada pelos irmãos Gutzeit para a construção do novo colégio interno. Sem hesitação, a liderança da Missão Baixo Amazonas solicitou seis lotes de terra, sendo entregues 2.807 hectares para a construção da nova escola naquele local.12

Em 5 de julho de 1977, a UNB recebeu em Brasília a documentação que garantia-lhe o direito de ocupar a terra.13 Assim que a área foi registrada, ou seja, quando legalmente se tornou propriedade da igreja, os irmãos Gutzeit começaram a construção das primeiras instalações do colégio. Para tal, utilizaram as suas próprias máquinas, forneceram a madeira para a construção dos primeiros edifícios e até pagaram a mão-de-obra dos empregados. Ervino e Lindolpho também doaram cerca de 267,53 dólares para ajudar o projeto da escola, quantia que foi a verba inicial recebida pelo colégio. Alguns dos futuros estudantes também ajudaram na construção, e a população que vivia nas proximidades se dispuseram a ajudar com doações.14

Os primeiros prédios foram construídos em 1977. Entre eles estavam os dormitórios, salas de aulas, casas para professores e um refeitório. Para iniciar os trabalhos agrícolas, foi reservada uma área de 100 hectares, onde foram construídos quatro compartimentos de 27 metros de comprimento e oito metros de largura para serem utilizados no processo de plantio e cultivo do solo. Arroz, mandioca, feijão e legumes foram as primeiras safras.15 Desde o início de sua história, a missão do IATAI tem estado sempre em acordo com a missão dos Adventistas do Sétimo Dia: levar a mensagem de Cristo a todo o mundo. Assim, o novo internato estava preparado para alojar os seus estudantes de onde quer que viessem para viverem um estilo de vida saudável.16

As aulas começaram em 18 de abril de 1978, embora alguns edifícios ainda estivessem em construção.17 Inicialmente, o colégio oferecia apenas o 5º e 6º ano do ensino básico. O corpo docente era composto por três professores. Havia 60 estudantes, 24 moças e 31 rapazes no internato, e cinco estudantes na escola diurna.18 Os estudantes do colégio pagavam os estudos e internato por meio do trabalho na escola, sendo que o horário de trabalho era organizado de acordo com o número de horas que o estudante podia trabalhar. Esses estudantes eram em sua maioria filhos de colonos e agricultores da região. A professora Elza Gutzeit, mãe de Ervino e Lindolpho, lecionou durante os dois primeiros anos de existência da escola e foi a maestra do primeiro coro do IATAI.19

Pouco depois da inauguração da escola, o Pastor Joel Fernandes e a sua família foram chamados para servir no colégio. Fernandes foi o primeiro diretor da escola, lecionando História, Geografia e Religião, além de ter servido como diretor e líder de todo o colégio. Sua esposa Juraci foi professora de Matemática, Saúde e Ciência e desempenhava as funções de reitora, diretora geral e enfermeira. A filha do casal, Ione Fernandes, após terminar a sua licenciatura em Educação no Instituto Adventista de Ensino (atual Centro Universitário Adventista de São Paulo ou Unasp-SP) foi lecionar no IATAI. Em 1978, deu aulas de língua portuguesa e trabalhou como assistente do diretor e tesoureira da escola.20

História do Colégio

O final da década de 1970 e início de 1980 foram marcados por muitos acontecimentos importantes nessa instituição. Em 1979, a escola já tinha a sua própria serraria montada. Devido ao aumento de serviços relacionados à colheita, a serraria e outras atividades, outro casal foi chamado para trabalhar na instituição: Dorival Pércio assumiu a gestão da serraria e sua esposa Santina era responsável pela administração da cozinha. Além disso, três novos professores foram chamados ao corpo docente da escola e um funcionário foi contratado para ser o chefe da fazenda.21 No mesmo ano, ocorreu a primeira formatura da turma do Ensino Fundamental.22 Um ano mais tarde (1980), o colégio tinha cerca de 200 alunos no internato, dos quais 50 conheceram a mensagem adventista no próprio internato e foram batizados, por influência da mensagem e ambiente cristãos.23

Merecem ainda ser lembrados os primeiros passos do evento de desenvolvimento econômico do colégio, ocorrido em 1980. Nesse ano, a administração do IATAI adquiriu um caminhão diesel Ford e um atafona (moinho para moer grãos postos em movimento por animais) para fabricar farinha de mandioca e amido. A compra foi possível graças a recursos de uma doação coletiva da UNB, MBA e Golden Cross. Além disso, nessa altura, uma família americana doou um trator à instituição. Com a compra da atafona, foi criada uma fábrica de farinha que produzia cerca de 500kg do produto por dia. O ano de 1980 foi notável, pois a colheita foi tão boa que até foi possível vender parte da produção.24

Em dezembro de 1981, foi discutida a possibilidade de construir mais prédios no IATAI. Na ocasião, os administradores contactaram a Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional, que enviou um grupo ao IATAI para que aprovasse a elaboração do plano piloto em março de 1982. Em 10 de junho do mesmo ano, o projeto preliminar já tinha sido analisado e ajustado. Cerca de três meses depois, alguns líderes adventistas da região foram para Toronto, Canadá, a fim de trabalharem nos detalhes finais do projeto. Em 23 de novembro do mesmo ano, foi feita uma apresentação completa do projeto à mesa diretiva da Divisão Sul-Americana. Nessa época, a escola tinha 232 alunos matriculados e o plano era que as novas dependências permitissem a matrícula de 800 alunos, sendo 520 em regime de internato. A área a ser construída correspondia a 16.942 m².25

Até então, o IATAI tinha 12 casas para professores e funcionários, um dormitório feminino, um refeitório e uma cozinha, o edifício da escola, uma capela, um edifício administrativo (alvenaria), uma caldeira e uma serraria, além de dois grandes geradores de energia elétrica. Na fazenda havia um pequeno aviário para produzir ovos, caixas de abelhas e cerca de 300 bovinos leiteiros. O colégio tinha também 40 mil cacaueiras, 500 mangueiras, plantas para a futura produção de sumos naturais e quase 2 mil árvores de citrinos. Tinha também mamoeiras, goiabeiras, maracujás e árvores de carambolas e eram cultivados legumes, cereais, raízes e tubérculos.26

Em 1984, graduou-se a primeira turma de agricultura e pecuária (ensino médio). O colégio oferecia nessa época o ensino fundamental e o curso técnico de Agricultura e Pecuária integrado ao ensino médio, e contava com dois especialistas em agronomia, que davam apoio ao curso e ajudavam com arroz, feijão, mandioca, milho, banana, papaia e culturas de cacau. No ano seguinte, sete anos após sua inauguração, o IATAI tinha 200 alunos no internato, o número máximo que os dormitórios podiam acolher, 14 professores e cinco funcionários.27 Na década de 1980, ou 1987 para ser mais preciso, as férias de meio do ano tiveram que ser prolongadas, tornando-se um momento memorável na história das instituições. O que aconteceu foi que, com o período de chuvas torrenciais na região, a mobilidade dos estudantes não era viável. Por conseguinte, nesse ano em particular, o primeiro semestre começou em 19 de janeiro e terminou em 29 de maio, e o segundo ocorreu entre 3 de agosto e 15 de novembro, terminando com a graduação.28

Com os ventos a soprar em seu favor, em 1995, o IATAI já tinha 387 alunos e um total de 19 professores. Destes, seis eram certificados e os outros 13 estavam em processo de qualificação. Além disso, graças à mão-de-obra evangelística da escola e às bênçãos divinas, 54 alunos foram batizados nesse ano. A estrutura do campus já estava mais desenvolvida e tinha uma carpintaria, olaria, veículos para transporte, jardim, dois dormitórios de 5.100 m² com 30 quartos cada, três banheiros, dois quartos de estudo, apartamentos para hóspedes, uma capela com capacidade para 200 pessoas, uma sala de oração e outras instalações. Os recursos financeiros para a reestruturação do internato vieram de doações individuais e de entidades como a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais da Suécia, o HAB e a Golden Cross.29

Há eventos importantes e mudanças administrativas que não podem ser deixados de fora da história do colégio, e por isso mencionamos aqui para aqueles que desejam aprender mais sobre essa jornada. Em 2002, com a criação da Missão Sul do Pará (atualmente Associação Sul do Pará), o colégio começou a ser assistido por esse campo.30 Em 2008, foi criada uma nova unidade administrativa da Igreja Adventista no Pará: a Missão Oeste do Pará (MOPa). Como se encontra no território assistido pela nova Missão, o IATAI começou a ser administrado pela MOPa.31

Desde a sua fundação, o IATAI tem sido o local de numerosos eventos da UNB. Em 2010, por exemplo, entre 9 e 13 de dezembro, o internato sediou o primeiro conselho de pastores e anciãos da igreja MOPa, um evento que contou com a presença de aproximadamente 300 pessoas.32 No ano seguinte (2011), a escola recebeu um acampamento que reuniu aproximadamente 5 mil pessoas nos dias 9 e 10 de setembro. O então prefeito de Uruará esteve presente no evento e elogiou os projetos sociais desenvolvidos pela Igreja Adventista, especialmente nas áreas da saúde e educação.33 Mais tarde, entre 13 e 15 de junho de 2014, a liderança da MOPa realizou o primeiro Adolecamp (acampamento com programas educacionais, espirituais e recreativos para adolescentes) no IATAI, que recebeu aproximadamente 900 participantes.34

Após muitas lutas e desafios, em 2015, o número de matrículas no IATAI aumentou 17% em relação a 2014, registrando 328 novos alunos matriculados. A conquista foi considerada resultado do trabalho árduo de todos os funcionários do colégio e da misericórdia de Deus. Além disso, em 28 de setembro de 2015, a pedra fundamental do templo do IATAI foi lançada em cerimônia que contou com a participação de administradores, pastores, estudantes e funcionários.35

Desde a década de 1980, sempre em busca de excelência acadêmica e por ser uma influência positiva na formação de bons cidadãos, o Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial iniciou as suas atividades ofertando ensino fundamental e cursos técnicos em Magistério, Agricultura e Pecuária, integrados ao ensino médio. Com o encerramento dos cursos técnicos por volta de 1995, o ensino médio foi criado seguindo as normas do Ministério da Educação brasileiro.36 Atualmente, além de oferecer educação básica, o IATAI é também um polo de ensino à distância (EaD) para o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). Nesse polo, são oferecidos cursos de Ensino Superior e especializações lato sensu.37

O Papel Histórico da Instituição

O IATAI é reconhecido na cidade onde está situado não só devido à sua infraestrutura, mas também pela educação, mensagem, atividades sociais e recreativas que oferece. Trata-se de um colégio que procura promover o estilo de vida saudável, que permite aos seus alunos crescerem em autocontrole e assimilarem valores de disciplina, respeito, responsabilidade, integridade, amizade, bondade, paciência e fé em Deus. Assim, a instituição promove os princípios Adventistas do Sétimo Dia não só a nível local, mas também a nível regional. Desde sua inauguração, o IATAI tornou-se relevante para a Igreja Adventista no norte do Brasil e no Pará, beneficiando principalmente os habitantes da região através da sua educação de qualidade e projetos sociais para a comunidade do oeste do estado, localizada ao longo da Rodovia Transamazônica.38

Em 2019, o colégio estabeleceu parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER) e à Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP), com o objetivo de qualificar e melhorar a produção dos agricultores da região. Foi organizado um curso de 180 horas, abrangendo tópicos como o tratamento do solo, fertilização, correção de acidez e níveis de nutrientes com um certificado emitido pela FADESP. O IATAI desempenhou um papel importante nessa parceria, investindo na produção de cacau em suas terras, o que dá aos especialistas o cenário perfeito para a explicação dos conteúdos teóricos e práticos.39

O estado do Pará é hoje o maior produtor de cacau do Brasil e tem investido pesado no trabalho de assistência aos agricultores para a manutenção desse importante posto. A liderança do IATAI está consciente disso e participa nesse processo direta e indiretamente, colaborando com a produção e crescimento da região e da economia do país. É uma iniciativa de parceria que tem beneficiado a agricultura familiar e assegurado que as exigências do estado sejam satisfeitas não só em produtos, mas também em mão-de-obra qualificada para a produção em pequena e grande escala.40

Outro papel importante desempenhado pela instituição e que tem um impacto imediato na comunidade e região onde está situada é o envolvimento em ações sociais ligadas ao calendário anual da Igreja Adventista, promovidas pela própria escola. A escola e os seus alunos promovem campanhas de arrecadação de alimentos, distribuem cestas básicas para a comunidade carente e participam no Projeto Impacto da Esperança41 da Divisão Sul-Americana. Durante esse movimento, os livros missionários são também distribuídos gratuitamente nas regiões vizinhas. Essa iniciativa é um meio de levar a palavra de Deus à comunidade, bem como um forte aliado ao impacto da região onde é desenvolvido.42 As iniciativas do colégio são reconhecidas pelas autoridades locais, principalmente a nível de projetos sociais e humanitários.43

Além dos jovens adventistas, outros podem ter acesso à educação oferecida na instituição e dessa forma conhecer a mensagem do advento. Durante a história do colégio, muitos tomaram a decisão de servir Jesus e confirmaram-na mediante o batismo.44 O legado evangelístico do colégio é sempre relembrado durante suas celebrações. Em 2008, quando o IATAI celebrou o seu 30º aniversário, realizou-se uma semana de oração com o tema "A quem irei?,” cujo orador foi o Pastor Aquino Gonçalves, antigo aluno. Ao final, 15 pessoas foram batizadas, incluindo estudantes e funcionários.45

O Que Falta Ser Feito para o Cumprimento da Missão do Colégio

Como instituição adventista, o IATAI manteve-se concentrado na missão de promover o desenvolvimento integral de todos os seus estudantes dentro da esfera do processo educacional cristão. Em outras palavras, a escola pretende desenvolver as faculdades físicas, emocionais, sociais, intelectuais e espirituais de cada aluno. Considerando a jornada da escola, é possível ver que tal missão foi cumprida com sucesso até agora. Contudo, a liderança reconhece que há sempre espaço para melhorar os métodos, bem como a estrutura e a formação dos funcionários. Dessa forma, para melhor preparar os estudantes por meio de uma educação de qualidade, o IATAI investiu na formação de professores e na melhoria das condições de trabalho, tudo porque o objetivo da escola é continuar conduzindo pessoas a Cristo. Líderes e servidores acreditam que, ao trabalharem para esse fim, Deus continuará abençoando a instituição e seus estudantes.46

Lista de Diretores47

Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial (1978-atualmente)

Joel Fernandes (1978); Benedito Alves (1979-1983); Orlando Ferreira (1984-1986); Sálon Costa (1987); Manoel Ribeiro (1988-1989); Daniel Castro (1989); Esteban Gusman (1989); Waldemar Lauer (1990-1997); Paulo Penedo (1998); Edinelson Storch (1999); Josué Martins (2000-2003); Kleber Ubirajara Ramos Coelho (2004-2006); Rozivaldo Pacheco Neto (2007-2010); Antônio Edson da Silva Carvalho (2011-2012); Genilson Gomes de Moura (2013-2017); Vicente Luiz Tavares de Freitas (2017-2018); Enoque Gutzeit (2019-atualmente).48

Referências

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Notas de fim

  1. Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial, “Nossa rede,” acessado em 27 de abril de 2020, https://bit.ly/2KAjNno.
  2. “West Pará Mission [Missão Oeste do Pará],” Seventh-day Adventist Yearbook(Nampa, ID.: Pacific Press Publishing Association, 2018), 243.
  3. Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial, “Localização,” acessado em 21 de agosto de 2019, https://bit.ly/2NnVY4O.
  4. Adventistas Oeste PA, “Vídeo Institucional IATAI 2014” (vídeo, estrutura do IATAI e testemunho dos estudantes, 3 de julho de 2014), acessado em 21 de agosto de 2019, https://bit.ly/2Nm8PEM.
  5. Rubens Lessa, Construtores de Esperança: na trilha dos pioneiros adventistas da Amazônia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016), 31.
  6. , 60-62.
  7. Olga Streithorst, Leo Halliwell na Amazônia(Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1979), 83.
  8. Rubens Lessa, Construtores de Esperança: na trilha dos Pioneiros Adventistas da Amazônia(Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016), 99, 100.
  9. “União Norte,” Revista Adventista67, n. 4 (abril de 1972): 27.
  10. Enoque Gutzeit, conhecimento pessoal por ser o neto e sobrinho-neto dos fundadores da escola e por atuar como diretor do colégio.
  11. Jesualdo Antônio de Sousa Monteiro, “Instituto Adventista Transamazônico Agro-industrial,” (monografia, Instituto Adventista de Ensino, s/d), 2.
  12. Ibid.
  13. Joel Fernandes, “IATAI: Pioneirismo na Amazônia,” Revista Adventista76, n. 2 (fevereiro de 1981): 19.
  14. de Sousa Monteiro, “Instituto Adventista Transamazônico Agro-industrial,” 3.
  15. Ibid.
  16. Portal da Igreja Adventista do Sétimo Dia, “Missão e Serviço,” acessado em 27 de agosto de 2019, https://bit.ly/31qiPR7.
  17. de Sousa Monteiro, “Instituto Adventista Transamazônico Agro-industrial,” 4, 5.
  18. Rubens Lessa, Construtores de Esperança: na trilha dos pioneiros adventistas da Amazônia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016), 111.
  19. de Sousa Monteiro, “Instituto Adventista Transamazônico Agro-industrial,” 4, 5.
  20. Ibid.
  21. Joel Fernandes, “IATAI: Pioneirismo na Amazônia,” Revista Adventista76, n. 2 (fevereiro de 1981): 20; de Sousa Monteiro, “Instituto Adventista Transamazônico Agro-industrial,” 7.
  22. Aróvel Oliveira Moura, “IATAI: Nova Planta na Transamazônica,” Revista Adventista77, n. 1 (janeiro de 1981): 33.
  23. de Sousa Monteiro, “Instituto Adventista Transamazônico Agro-industrial,” 7.
  24. Ibid.
  25. “Projeto do Novo IATAI,” Revista Adventista78, n. 2, ano 78 (fevereiro de 1983): 25.
  26. de Sousa Monteiro, “Instituto Adventista Transamazônico Agro-industrial,” 8.
  27. Ibid.
  28. “Colégio prolonga férias do meio do ano,” Revista Adventista83, n. 8 (agosto de 1987): 23.
  29. “IATAI é a realidade na Transamazônica,” Revista Adventista92, n. 2 (fevereiro de 1996): 28.
  30. “South Pará Mission [Missão Sul do Pará],” Seventh-day Adventist Yearbook(Hagerstown, MD.: Review and Herald Publishing Association, 2003), 263.
  31. “West Pará Mission [Missão Oeste do Pará],” Seventh-day Adventist Yearbook(Nampa, ID .: Review and Herald Publishing Association, 2018), 243; Alínic Carmo, “União Norte inaugura Missão Oeste do Pará,” Revista Adventista 104, n. 1212 (maio de 2009): 34.
  32. “Rápidas,” Revista Adventista105, n. 1221 (fevereiro de 2010): 36.
  33. “Campal no IATAI,” Revista Adventista106, n. 1242 (novembro de 2011): 32.
  34. Pâmela Meireles, “Adolecamp reúne mais de 900 participantes no IATAI,” Notícias Adventistas, 17 de junho de 2014, acessado em 22 de agosto de 2019, https://bit.ly/2Zp4J54.
  35. Pâmela Meireles, “Lançada pedra fundamental da igreja do Instituto Adventista Transamazônico Agro-industrial,” Notícias Adventistas, 28 de setembro de 2015, acessado em 21 de agosto de 2019, https://bit.ly/33Srb6e.
  36. Josafá da Silva Oliveira (Diretor do Centro de estudos Ellen G. White da FAAMA), por e-mail para Carlos Flavio Teixeira (editor associado da ESDA), 23 de agosto, 2019.
  37. Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial, “Localização,” acessado em 26 de agosto de 2019, https://bit.ly/2U9pEEb.
  38. Josafá da Silva Oliveira (Diretor do Centro de estudos Ellen G. White da FAAMA), por e-mail para Carlos Flavio Teixeira (editor associado da ESDA), 23 de agosto de 2019.
  39. Agência Pará, “Técnicos da Emater recebem capacitação sobre lavoura cacaueira,” acessado em 23 de abril de 2020, https://bit.ly/2RZ9rBO.
  40. Ibid.
  41. O projeto “Impacto Esperança é um programa que incentiva a leitura e provê distrubuição anual em massa de livros por parte dos adventistas do sétimo dia no território Sul-Americano.” Portal da Igreja Adventista do Sétimo Dia,“Impacto Esperança,” acessado em 4 de fevereiro de 2020, https://bit.ly/34dZROO.
  42. Brasil Novo Notícias, “Centenas de pessoas participam da passeata da Igreja Adventista do Sétimo Dia,” acessado em 23 de abril de 2020. https://bit.ly/2VV8hIm.
  43. “Campal no IATAI,” Revista Adventista106, n. 1242 (novembro de 2011): 32.
  44. Josafá da Silva Oliveira (Diretor do Centro de estudos Ellen G. White da FAAMA), e-mail para Carlos Flavio Teixeira (editor associado da ESDA), 23 de agosto de 2019.
  45. “IATAI: 30 anos no coração da selva amazônica,” Revista Adventista103, n. 1202 (julho de 2008): 25.
  46. Josafá da Silva Oliveira (Diretor do Centro de estudos Ellen G. White da FAAMA), por e-mail para Carlos Flavio Teixeira (editor associado da ESDA), 23 de agosto de 2019.
  47. “Agro-Industrial Adventist Trans-Amazon Academy [Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial],” Seventh-day Adventist Yearbook(Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing Association, 1988), 380; “Agro-Industrial Adventist Trans-Amazon Academy [Instituto Adventista Transamazônico Agroindustrial],” Seventh-day Adventist Yearbook (Nampa, ID: Pacific Press Publishing Association, 2018), 486. Para uma lista completa de todos os funcionários administrativos do IATAI, consultar os Yearbooks [Anuários da IASD] de 1988 a 2018.
  48. Mais informações sobre o IATAI podem ser consultadas no site pelo link: educacaoadventista.org.br/ ou através das redes sociais como o Facebook: @educacaoadventista.iatai, Twitter: @IATAI, Instagram: iatai_edu e YouTube: Iatai Oficial.
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Oliveira, Josafá da Silva, Yanka de Araújo Pessoa. "Agro-Industrial Adventist Trans-Amazon Academy." Encyclopedia of Seventh-day Adventists. November 24, 2021. Accessed January 16, 2025. https://encyclopedia.adventist.org/article?id=7IFL.

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Oliveira, Josafá da Silva, Yanka de Araújo Pessoa (2021, November 24). Agro-Industrial Adventist Trans-Amazon Academy. Encyclopedia of Seventh-day Adventists. Retrieved January 16, 2025, https://encyclopedia.adventist.org/article?id=7IFL.