Museu de Geociências do SALT/FADBA

By Wellington dos Santos Silva, and Denison dos Santos

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Wellington dos Santos Silva

Denison dos Santos

First Published: October 4, 2021

O Museu de Geociências (MuGe) da Faculdade Adventista da Bahia (FADBA) é mantido em parceria com o Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia (SALT), localizado na mesma instituição. Ele é uma extensão do Geoscience Research Institute [Instituto de Pesquisa de Geociência] (GRI), que é administrado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, com sede em Loma Linda, Califórnia, Estados Unidos. Sua missão é descobrir e compartilhar uma compreensão da natureza relacionada com a revelação bíblica do Deus Criador.1 O GRI constrói suas concepções sobre a evidência científica, utilizando a ciência e o estudo da revelação bíblica, e apresenta Deus como o criador de todas as coisas.

Contexto Histórico

De 27 de outubro a 2 de novembro de 1988, os Drs. Harold G. Coffin e Jim Gibson, representantes do GRI em Loma Linda, realizaram uma expedição ao estado da Bahia para determinar os sítios geológicos que seriam visitados durante o seminário sobre criacionismo, que aconteceria no ano seguinte. Essa visita foi um marco no desenvolvimento do Museu de Geociências, pois o GRI tinha interesse em apoiar atividades que fortalecessem a filosofia criacionista da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Mais tarde, esse interesse resultou na fundação do primeiro museu de geociências da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil, e o segundo na Divisão Sul-Americana.2

Um ano depois, o Dr. Coffin retornou ao Brasil para apresentar o seminário sobre criacionismo, realizado entre 5 e 10 de outubro, juntamente com outros quatro representantes do GRI: Ben Clausen, James Gibson, David Rhys e Clyde Webster.3 O evento foi realizado na capela do dormitório feminino da FADBA, conhecido na época como Educandário Nordestino Adventista. Durante o evento, foi realizada uma visita ao Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia e aos sítios geológicos baianos, que tinham registros dos períodos pré-Cambriano e Cretáceo.

Esses eventos foram a motivação, em 1991, para que o Dr. Carlos Gama Michel desse início à criação do Museu de Geociências da FADBA/SALT, do qual ele se tornou o fundador e primeiro diretor. Além disso, vale a pena mencionar o incentivo dado pelo Dr. Carlos F. Steger, paleontólogo argentino, que veio à Bahia como palestrante sobre criacionismo. Na mesma semana, o Dr. Michel e o Dr. Steger fizeram uma excursão ao Planalto do Araripe, no estado do Ceará, onde coletaram artefatos fósseis que foram doados ao Museu de Geociências da FADBA/SALT pelo Dr. Michel, e foram as primeiras peças da coleção do museu.4 Apesar de todos os eventos dos anos anteriores, a ideia de criar um Museu de Geociências na FADBA surgiu naquela ocasião.5

Na época, com o objetivo de estimular o interesse pelo criacionismo, os gestores do GRI realizaram visitas a países da América do Sul para promover a integração entre fé e aprendizagem e apoiar locais que pudessem impulsionar a pesquisa, bem como a criação de museus de geociências. Na FADBA, a ideia foi se concretizando e os primeiros artefatos foram obtidos.

Entre os anos de 1992 e 1995, as primeiras peças que passaram a compor o acervo do museu ficavam em uma sala da biblioteca do colégio, que tinha apenas aproximadamente 51m² (11,2m x 4,56m) e 3,21 metros de altura. Após muito esforço do professor Carlos Michel em conversas com o Dr. Luiz Godinho Nunes (então diretor do SALT na FADBA), foi obtida a sala que se tornou o primeiro espaço a abrigar o Museu de Geociências da FADBA/SALT.

Fundação

O Museu de Geociências da FADBA / SALT foi inaugurado em 9 de agosto de 1996. A cerimônia de abertura foi conduzida pelo Dr. Carlos F. Steger, diretor do GRI para a Divisão Sul-Americana e professor de Ciência e Religião na Universidade Adventista del Plata, Argentina, e pelos pastores João Antônio Rodrigues Alves, diretor do SALT na FADBA, Clóvis Ferreira Bunzen, diretor geral da FADBA, e Carlos Gama Michel, professor de Ciência e Religião. Professores e alunos de Teologia, bem como outros professores, alunos e amigos da instituição, participaram da cerimônia. O Dr. Steger parabenizou os presentes pela criação do primeiro Museu de Geociências da Igreja Adventista no Brasil e o segundo da Divisão Sul-Americana (o primeiro museu do gênero foi iniciado por ele na Universidade Adventista del Plata).6

História

No momento da cerimônia de inauguração, o espaço museológico consistia de uma sala adaptada no edifício da Biblioteca José Mascarenhas Viana, na FADBA, cedida pelos gestores do seminário e da biblioteca,7 com uma área um pouco maior do que a sala anterior, mas com iluminação e temperatura interna controlada mecanicamente por lâmpadas fluorescentes e ar condicionado. O próprio Dr. Michel tornou-se o primeiro administrador/curador do museu até 2001.

Em 2002, o Dr. Wellington Santos Silva, que na época já atuava como professor na FADBA e no Seminário de Teologia local, tornou-se o novo diretor. Nesse mesmo ano, dos dias 22 a 26 de agosto, foi realizado o I Encontro Regional de Criacionistas, com o tema “E Foi Assim...Nossa Nobre Origem”. Duzentos participantes estiveram presentes no evento, entre professores e alunos da FADBA e de outras instituições de ensino superior. Quase cem participantes tinham estado no Planalto do Araripe, estado do Ceará, e na Formação Sousa, estado da Paraíba, onde fósseis de taxas variadas foram adquiridos por meio de doação do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) do Ministério de Minas e Energia8.

Em 2003, de 18 a 22 de setembro, o II Encontro Regional de Criacionistas foi realizado na FADBA, com o tema “As Maravilhas do Nosso Criador”,9 que incluiu uma excursão para o Planalto Diamantina, na Bahia, organizada pela FADBA/SALT, onde os minerais coletados foram doados ao museu.

O processo de documentação do acervo teve início em 2012, com a chegada do estagiário Gilson Patrick Fernandes Gomes, estudante de Teologia e bacharel em ciências biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco, que fez um inventário das peças. Nesse mesmo ano, Denison dos Santos da Silva, também aluno de Teologia do SALT e graduando em Museologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), passou a estabelecer vínculos de estágio voluntário no MuGe, colaborando com a equipe técnica. Em julho, a direção do SALT, em reunião, elaborou o “Plano de Desenvolvimento Institucional do Seminário”, que previa a ampliação do espaço cedido ao MuGe na Faculdade Adventista da Bahia.

De acordo com os termos do “Plano de Desenvolvimento Institucional do Seminário”10 e da Ata do Conselho superior da FADBA e SALT11, em 2013, o MuGe conseguiu uma sala maior adaptada às necessidades do museu, com uma área cerca de 40% maior do que a sala atual, alojada no primeiro andar do prédio do ensino médio, ao lado da biblioteca infantil do ENA, no campus da FADBA. A sala foi equipada com dois aparelhos de ar condicionado, lâmpadas LED para substituir as fluorescentes, persianas e tinta preta para as janelas. Tudo isso foi pensado para preservar melhor os artefatos. No mesmo ano, o Dr. Henry Luydy Abraham Fernandes, professor de Museologia da UFRB, fez uma visita técnica ao MuGe, quando ocorreu o primeiro contato direto entre representantes da UFRB e do MuGe.

Esse novo processo de requalificação institucional levou a uma cerimônia de reabertura do MuGe, na noite de 27 de maio de 2013. O Dr. James L. Gibson, diretor do Instituto de Pesquisa em Geociências da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, e o Dr. Wellington Silva estiveram presentes. O evento também contou com a presença dos administradores da Faculdade Adventista da Bahia: Juan Choque, diretor geral; Elton Oliveira, diretor administrativo; Edson Dias, diretor acadêmico; Jolivê Chaves, diretor do Seminário Teológico; Dr. Merlin D. Burt, diretor do Centro de Pesquisa Ellen G. White na Universidade Andrews; e alunos e professores da FADBA/SALT.12

A cerimônia de reabertura também foi marcada pela inauguração da primeira exposição do museu sob o tema "Como Tudo Começou", preparada por Denison Silva e Gilson Gomes. Essa exposição apresentou a relação entre a história natural e o relato bíblico da criação através das peças que fizeram parte do primeiro conjunto adquirido pelo MuGe.

A parceria institucional entre a UFRB e a FADBA se fortaleceu ainda mais em 2013 quando, de 29 de julho a 17 de outubro, Denison Silva realizou seu estágio curricular de bacharelado em museologia no MuGe, tendo como orientador o Dr. Carlos Costa, professor da UFRB. Durante esse período, suas atividades consistiam em limpar, embalar, classificar as coleções, marcar todas as peças e fazer o inventário. Este foi o primeiro procedimento de documentação museológica e conservação preventiva realizado nas coleções, o qual foi iniciado e concluído com sucesso.13 No final do ano, o Museu de Geociências foi cadastrado no Instituto Brasileiro de Museus e teve seu regimento interno preparado.

Em 2014, o MuGe constou pela primeira vez na lista oficial de museus registrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), quando recebeu materiais de divulgação da 12ª Semana Nacional de Museus.14 Em 2015, pelo segundo ano consecutivo, o IBRAM publicou o MuGe em sua 13ª Semana Nacional de Museus entre as instituições museológicas participantes do evento.15 No primeiro semestre do mesmo ano, o MuGe recebeu outro estudante do seminário, Rodrigo Vicente Silva, que se formou em história e geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora, quem substituiu Gilson Gomes.

Como observado, com o apoio de todos que fizeram parte de sua história, inclusive daqueles que cuidaram diretamente do acervo, o MuGe cresceu e se expandiu. Todos os artefatos da mostra são oriundos da parceria do museu com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no Brasil, e de doações de alunos, professores e comunidade no entorno da instituição, o que a caracteriza como um acervo museológico aberto; ou seja, existe a possibilidade de aquisição (doação, troca e / ou compra) ou arrendamento de um novo bem. Hoje, a coleção do MuGe é dividida em quatro partes que descrevem a natureza do Museu de Geociências como um todo: paleontologia, geologia, arqueologia do Antigo Oriente Próximo e osteologia.

Todas as peças que possuíam imagens de seres vivos não humanos - plantas e animais - vestígios e nódulos de possíveis espécies fossilizadas, pertencem à coleção da paleontologia. Essas características agruparam 367 peças na coleção de paleontologia. A coleção geológica consiste em 78 rochas e minerais.

Por meio de escavações e compras feitas no Antigo Oriente Próximo (Israel, Judá, Pérsia, Assíria, Síria, etc.) os professores da FADBA / SALT e da Universidade Adventista de São Paulo coletaram um conjunto de objetos relacionados ao período bíblico, alguns dos quais se integram com a coleção de arqueologia do Antigo Oriente Próximo (AOP) do MuGe, contabilizando 63 peças, que vão desde utensílios domésticos a artefatos bélicos, religiosos, políticos e minerais que remetem o observador ao modus vivendi do AOP .

A coleção de osteologia é composta por ossos que não foram listados devido à impossibilidade de determinar o animal, sítio (s) de origem ou grupo (s) de ossos a que pertencem. Em geral, o número de itens coletados no MuGe é de 508 peças.

Perspectiva

Desde a sua criação, o MuGe vem passando por mudanças e ampliações, tanto no seu alojamento quanto no acervo. A princípio, o MuGe, assim como a instituição que o abriga, passou por um processo de modernização. Também recebeu atenção e apoio dos administradores da igreja e suas instituições. Hoje existe um projeto de ampliação do MuGe aliado à construção do novo prédio do seminário teológico. O compromisso ativo do Dr. Wellington Silva tem contribuído para o excelente trabalho do MuGe no cenário adventista brasileiro.

Em 2011, a Divisão Sul-Americana (DSA) da Igreja Adventista do Sétimo Dia criou o Consórcio Criacionista Adventista, que está associado ao Museu de Geociências da FADBA/SALT, ao Departamento de Educação da DSA, à Sociedade Criacionista Brasileira, ao Núcleo de Estudos das Origens (UNASP) e à filial GRI da DSA.

Desde 2014, o MuGe também se tornou um Centro de Recursos do GRI e, desde então, tem recebido assistência financeira para a aquisição de novas peças e livros e para o desenvolvimento de projetos que promovam a disseminação do criacionismo, incluindo a participação em vários seminários mundiais da Igreja Adventista. O objetivo é ajudar os membros da igreja a testificar do Criador em ambientes acadêmicos e seculares.

Lista de Nomes e Diretores

Nomes: Museu de Geociências SALT-IAENE; Museu de Geociências da FADBA/SALT.

Diretores: Carlos Gama Michel (1996-2001); Wellington dos Santos Silva (2002).

Referências

Ata do conselho Superior do SALT, 1º de fevereiro de 2013. Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE, 2013.

Borges, Michelson e Levi Batista. “Criacionismo em Pauta”, Revista Adventista, outubro de 2002.

Coffin, Harold. “Seminarios de Creacionismo en S. America” [Seminários de Criacionismo na América do Sul]. Ciencia de los Orígenes [Ciência das origens], n. 24 (setembro-dezembro de 1989): 8.

Da Silva, D. S., Relatório final do estágio curricular (Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE, 2013).

Faculdade Adventista da Bahia. “II encontro de criacionistas da Faculdade Adventista da Bahia”, pôster de anúncio. Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE. 2003.

Geoscience Research Institute [Instituto de Pesquisa de Geociência]http://grisda.org/.

Guia para a 13ª Semana de Museus: museus para uma sociedade sustentável http://www.museus.gov.br/.

“Marketing de livros no site da UAP”, Universidade Adventista Del Plata.

Santos, A. O. A., 12ª semana de museus: Museus: as coleções criam conexões: 18 a 24 de maio de 2014. Brasília, DF: Instituto Brasileiro de Museus, 2014.

Seminário Adventista Latino-Americano de TeologiaPlano de desenvolvimento institucional do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia 2011 – 2015. Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE, 2012.

Silva, Wellington, O Seminário Adventista Latino Americano de Teologia reinaugura o Museu de Geociências. Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE, 2013.

Notas de fim

  1. Geoscience Research Institute [Instituto de Pesquisa de Geociência], “Our Mission [Nossa Missão],” acessado em 14 de maio de 2018, http://grisda.org/about-gri/our-mission/.
  2. Carlos G. Michel, mensagem por e-mail para Natan Fernandes Silva, em 13 de novembro de 2012. (O papel timbrado contém o nome do Pr. João Antônio, que foi diretor do SALT-IAENE, em 1996, e o número de fax do Seminário na época).
  3. Harold Coffin, “Seminarios de Creacionismo en S. America” [Seminários de Criacionismo na América do Sul], Ciencia de los Orígenes [Ciência das Origens], n. 24 (setembro-dezembro de 1989): 8.
  4. “Marketing de livros no site da UAP”, Universidade Adventista del Plata, acessado em 5 de novembro de 2012, http://www.uap.edu.ar/es/libros_gri/.
  5. Carlos G. Michel, entrevista por telefone para Natan Fernandes Silva. Cachoeira, BA, 5 de novembro de 2012.
  6. Carlos G. Michel, mensagem de e-mail para Natan Fernandes Silva, em 13 de novembro de 2012. (O papel timbrado contém o nome do Pr. João Antônio, que foi diretor do SALT-IAENE, em 1996, e o número de fax do Seminário na época).
  7. Seminário Adventista Latino Americano de Teologia. Plano de Desenvolvimento Institucional do Seminário Latino-Americano de Teologia 2011-2015 (Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE, 2012): 43.
  8. Michelson Borges e Levi Batista, “Criacionismo em Pauta”, Revista Adventista, outubro de 2002, 35.
  9. Faculdade Adventista da Bahia. “II Encontro Regional de Criacionistas da Faculdade Adventista da Bahia”, pôster de anúncio (Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE. 2003).
  10. Seminário Adventista Latino Americano de TeologiaPlano de Desenvolvimento Institucional do Seminário Latino-Americano de Teologia 2011-2015 (Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE, 2012): 9, 10, 43.
  11. Ata do conselho Superior do SALT, 1º de fevereiro de 2013. (Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE, 2013): 1, 2.
  12. Wellington Silva, O Seminário Adventista Latino Americano de Teologia reinaugura o Museu de Geociências (Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE, 2013).
  13. D. S. da Silva, Relatório final do estágio curricular (Cachoeira, BA: Arquivos do Museu de Geociências do SALT/IAENE, 2013).
  14. A. O. A. Santos. 12ª semana de museus: Museus: as coleções criam conexões: de 18 a 24 de maio de 2014. (Brasília, DF: Instituto Brasileiro de museus, 2014), 48.
  15. Guia para a 13ª Semana de Museus: Museus para uma sociedade sustentável, “Museu De Geociências”, acessado em 20 de janeiro de 2016, https://goo.gl/YV4jGH.
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Silva, Wellington dos Santos, Denison dos Santos. "Geoscience Museum SALT/FADBA." Encyclopedia of Seventh-day Adventists. October 04, 2021. Accessed February 18, 2025. https://encyclopedia.adventist.org/article?id=DI90.

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Silva, Wellington dos Santos, Denison dos Santos (2021, October 04). Geoscience Museum SALT/FADBA. Encyclopedia of Seventh-day Adventists. Retrieved February 18, 2025, https://encyclopedia.adventist.org/article?id=DI90.