
Manoel Rosa de Oliveira
Photo courtesy of Brazilian White Center – UNASP.
Oliveira, Manoel Rosa de (1917–2009)
By The Brazilian White Center – UNASP
The Brazilian White Center – UNASP is a team of teachers and students at the Brazilian Ellen G. White Research Center – UNASP at the Brazilian Adventist University, Campus Engenheiro, Coelho, SP. The team was supervised by Drs. Adolfo Semo Suárez, Renato Stencel, and Carlos Flávio Teixeira. Bruno Sales Gomes Ferreira provided technical support. The following names are of team members: Adriane Ferrari Silva, Álan Gracioto Alexandre, Allen Jair Urcia Santa Cruz, Camila Chede Amaral Lucena, Camilla Rodrigues Seixas, Daniel Fernandes Teodoro, Danillo Alfredo Rios Junior, Danilo Fauster de Souza, Débora Arana Mayer, Elvis Eli Martins Filho, Felipe Cardoso do Nascimento, Fernanda Nascimento Oliveira, Gabriel Pilon Galvani, Giovana de Castro Vaz, Guilherme Cardoso Ricardo Martins, Gustavo Costa Vieira Novaes, Ingrid Sthéfane Santos Andrade, Isabela Pimenta Gravina, Ivo Ribeiro de Carvalho, Jhoseyr Davison Voos dos Santos, João Lucas Moraes Pereira, Kalline Meira Rocha Santos, Larissa Menegazzo Nunes, Letícia Miola Figueiredo, Luan Alves Cota Mól, Lucas Almeida dos Santos, Lucas Arteaga Aquino, Lucas Dias de Melo, Matheus Brabo Peres, Mayla Magaieski Graepp, Milena Guimarães Silva, Natália Padilha Corrêa, Rafaela Lima Gouvêa, Rogel Maio Nogueira Tavares Filho, Ryan Matheus do Ouro Medeiros, Samara Souza Santos, Sergio Henrique Micael Santos, Suelen Alves de Almeida, Talita Paim Veloso de Castro, Thais Cristina Benedetti, Thaís Caroline de Almeida Lima, Vanessa Stehling Belgd, Victor Alves Pereira, Vinicios Fernandes Alencar, Vinícius Pereira Nascimento, Vitória Regina Boita da Silva, William Edward Timm, Julio Cesar Ribeiro, Ellen Deó Bortolotte, Maria Júlia dos Santos Galvani, Giovana Souto Pereira, Victor Hugo Vaz Storch, and Dinely Luana Pereira.
First Published: July 10, 2021
Manoel Rosa de Oliveira, pastor, evangelista, colportor e professor, nasceu em 4 de janeiro de 1917, na cidade de Santo Antônio da Patrulha, estado do Rio Grande do Sul. Era filho de João Oliveira da Rosa e Etelvina Mendes da Rosa,1 que em 1904 fizeram parte do primeiro batismo na região de Campestre, hoje pertencente à cidade de São Leopoldo, estado do Rio Grande do Sul.2
Manoel passou a infância em Campestre e, apesar do batismo de sua mãe anos antes, ele não cresceu em um lar adventista. Etelvina sofreu grande oposição de seu esposo e, após resistir por algum tempo, finalmente parou de frequentar a igreja. A comunidade local, em geral, tinha pouca instrução e as famílias eram extremamente patriarcais. Seu pai, de tradição católica, era bastante combativo em relação à Igreja Adventista, à qual a maioria dos familiares de sua mãe pertenciam.3
Manoel ouviu falar de Jesus pela primeira vez aos nove anos de idade. Na ocasião, participava de uma festa tradicional portuguesa, onde um grupo musical Terno de Reis cantava músicas sobre o momento em que os sábios do oriente foram procurar por Jesus. Manoel perguntou à sua mãe se Jesus era real ou se era qualquer outro personagem fictício como a Branca de Neve. Sua mãe o ensinou que Jesus está vivo no céu e que um dia virá para levar seus seguidores consigo. Certa vez, ele também ouviu sua avó dizer que, na Bíblia, Deus havia proibido o uso de sangue e carne de porco. Isso ficou gravado em sua mente.4
Ele teve o primeiro contato com a Bíblia aos 16 anos de idade. Após ouvir seu primo falar sobre a segunda vinda de Jesus, procurou em casa por um Novo Testamento que seu pai possuía e, a partir dessa leitura, seu interesse pela Palavra de Deus aumentou. Aos 18 anos, teve nas mãos pela primeira vez uma Bíblia completa, que havia sido vendida por um colportor ao seu cunhado.5 Pouco depois, ele participou de um culto adventista a convite do primo, e decidiu guardar o sábado.6
Manoel enfrentou consequências severas por sua decisão. Em 1938, foi expulso de casa pelo pai, descalço e com apenas algumas roupas, uma Bíblia e uma lição da Escola Sabatina. A fim de estudar e se tornar um obreiro da causa de Deus, foi para o Ginásio Adventista de Taquara (hoje Instituto Adventista Cruzeiro do Sul - IACS), onde trabalhou por um ano para poder dar início aos estudos no ano seguinte. Cortava madeira de eucalipto para lenha e dirigia a carroça que levava o leite para o colégio. Em 25 de novembro de 1939, foi batizado pelo Pastor John Boehm.7
Embora não houvesse terminado o ginásio, em 1943 aceitou o convite para reabrir e lecionar em uma escola adventista na cidade de Erval Seco, a pedido de Otávio do Espírito Santo, que havia deixado a administração do IACS para assumir o departamento de educação da Associação Sul-Rio-Grandense. Começou o trabalho em março, visitando famílias da região, e conseguiu 50 alunos para as séries de 1ª a 5ª do ensino primário. Ao longo da semana, Manoel ensinava as crianças e, aos fins de semana, realizava trabalho evangelístico, obtendo como resultado dez batismos. Entretanto, o salário de Manoel não era pago pela associação e dependia exclusivamente dos pais dos alunos. Eles eram muito pobres e não conseguiam manter as mensalidades, então após um ano de funcionamento, a escola não teve continuidade.8
Em 1944, Manoel aceitou o chamado para ser professor na região de Retovardo, que hoje é a cidade de São José do Norte, estado do Rio Grande do Sul. Em 22 de fevereiro de 1944, casou-se com Ida Vargas da Silva, em Cachoeira do Sul.9 Da união nasceram: Rute (1945; faleceu bebê), Jair, Paulo Jarí, Jaime, Jeane, Isaías e Marlene.10 Nas férias, Manoel colportava para ajudar no orçamento da família. Suas experiências milagrosas na venda de literatura o motivaram a continuar pregando a mensagem adventista.11 Ele lecionou até 1948, quando voltou ao Ginásio Adventista de Taquara e terminou os estudos em 1949. Em 1950, começou o curso de Teologia no Colégio Adventista Brasileiro (hoje Centro Universitário Adventista de São Paulo), graduando-se em 1953.12
De 1954 a 1957, trabalhou como ministro licenciado na Associação Sul-Rio-Grandense, sediada em Porto Alegre.13 Foi ordenado ao ministério pastoral em 1958.14 De 1959 a 1961, foi diretor do departamento de publicações da mesma associação.15 Em seguida, serviu como pastor em vários distritos do Rio Grande do Sul: Santo Ângelo, de 1963 a 1965; Santo Antônio, de 1966 a 1968; Camaquã, de 1969 a 1973;16 e Taquara, de 1974 a 1975.17 Após 32 anos de ministério, jubilou-se em 1976. 18,19
Ida, sua esposa, faleceu em 13 de setembro de 1989, em Santo Antônio da Patrulha.20 Posteriormente, casou-se com Julia Guimarães, com quem foi casado por 12 anos até ela, também, falecer, deixando Manoel viúvo novamente. Em 1º de setembro de 2002, ele se casou pela terceira vez, agora com Almira Aguiar. Em 2004, escreveu o livro Pioneiros do Sul: Revivendo histórias de amor e fé, no qual falou sobre a chegada do Adventismo no Sul do Brasil.21
Manoel Rosa passou seus últimos dias na região do Instituto Adventista Cruzeiro do Sul e faleceu em 2009, aos 91 anos, na cidade de Taquara, Rio Grande do Sul.22 Prestou contribuição significativa à Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil, especialmente no estado do Rio Grande do Sul. De origem humilde, conseguiu superar as dificuldades e exercer o ministério pastoral por 32 anos. Seu exemplo tem influenciado muitos de seus familiares e outros habitantes de Campestre, Rio Grande do Sul, dos quais mais de 50 se tornaram obreiros Adventistas do Sétimo Dia.23
Referências
“Manoel Rosa de Oliveira.” Revista Adventista, nº 5, maio, 2009.
Oliveira, Manoel Rosa de. Southern Pioneers: Reliving Stories of Love and Faith. Taquara, RS: Metta Conference do Brasil, 2004.
Seventh-day Adventist Yearbook. Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association. Vários anos.
Notas de Fim
- Manoel Rosa de Oliveira, Southern Pioneers: Reliving Stories of Love and Faith (Taquara, RS: Metta Conference do Brasil, 2004), 15.↩
- Ibid., 103.↩
- Ibid., 106, 107.↩
- Ibid., 103.↩
- Ibid., 108.↩
- Ibid., 111.↩
- Ibid., 115-117.↩
- Ibid., 120-121.↩
- Ibid., 124.↩
- Ibid., 15, 125.↩
- Ibid., 128.↩
- Ibid., 14, 127.↩
- “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1955), 147; “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1958), 157.↩
- “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1959), 163.↩
- “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1960), 167.↩
- “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1970), 226, 660; “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1973/74), 237, 618.↩
- “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1975), 242, 637; “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1976), 259, 699.↩
- “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1964), 203, 520.; and “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1965/66), 208, 699.↩
- “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1967), 211, 642.; “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1969), 220, 639.↩
- “Ida Vargas de Oliveira,” Revista Adventista, junho, 1990, 45.↩
- Oliveira, 140.↩
- “Manoel Rosa de Oliveira,” Revista Adventista, nº 5, maio, 2009, 37.↩
- Oliveira, 140.↩