Conrad, Germano João Federico (1887-1960)
By The Brazilian White Center – UNASP
The Brazilian White Center – UNASP is a team of teachers and students at the Brazilian Ellen G. White Research Center – UNASP at the Brazilian Adventist University, Campus Engenheiro, Coelho, SP. The team was supervised by Drs. Adolfo Semo Suárez, Renato Stencel, and Carlos Flávio Teixeira. Bruno Sales Gomes Ferreira provided technical support. The following names are of team members: Adriane Ferrari Silva, Álan Gracioto Alexandre, Allen Jair Urcia Santa Cruz, Camila Chede Amaral Lucena, Camilla Rodrigues Seixas, Daniel Fernandes Teodoro, Danillo Alfredo Rios Junior, Danilo Fauster de Souza, Débora Arana Mayer, Elvis Eli Martins Filho, Felipe Cardoso do Nascimento, Fernanda Nascimento Oliveira, Gabriel Pilon Galvani, Giovana de Castro Vaz, Guilherme Cardoso Ricardo Martins, Gustavo Costa Vieira Novaes, Ingrid Sthéfane Santos Andrade, Isabela Pimenta Gravina, Ivo Ribeiro de Carvalho, Jhoseyr Davison Voos dos Santos, João Lucas Moraes Pereira, Kalline Meira Rocha Santos, Larissa Menegazzo Nunes, Letícia Miola Figueiredo, Luan Alves Cota Mól, Lucas Almeida dos Santos, Lucas Arteaga Aquino, Lucas Dias de Melo, Matheus Brabo Peres, Mayla Magaieski Graepp, Milena Guimarães Silva, Natália Padilha Corrêa, Rafaela Lima Gouvêa, Rogel Maio Nogueira Tavares Filho, Ryan Matheus do Ouro Medeiros, Samara Souza Santos, Sergio Henrique Micael Santos, Suelen Alves de Almeida, Talita Paim Veloso de Castro, Thais Cristina Benedetti, Thaís Caroline de Almeida Lima, Vanessa Stehling Belgd, Victor Alves Pereira, Vinicios Fernandes Alencar, Vinícius Pereira Nascimento, Vitória Regina Boita da Silva, William Edward Timm, Julio Cesar Ribeiro, Ellen Deó Bortolotte, Maria Júlia dos Santos Galvani, Giovana Souto Pereira, Victor Hugo Vaz Storch, and Dinely Luana Pereira.
First Published: January 29, 2020
Germano João Frederico Conrad, colportor, evangelistA e administrador, nasceu em 9 de abril de 1887, em Campos dos Quevedos, no município de São Lourenço do Sul, estado do Rio Grande do Sul.1 Seus pais, Hermann e Wilhermina Conrad, eram alemães e moravam em Stetin, capital da Pomerânia Ocidental (atual Polônia). Depois de servir o exército alemão em Kaiserhof, na época em que Otto von Bismark era chanceler, e de participar da Guerra Franco-Alemã (1870-1871), Hermann ficou traumatizado com a experiência de guerra e emigrou com sua família para o Brasil.2 Ao chegarem ao país na década de 1870 pelo porto do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, foram para Picada Feliz, no mesmo estado, onde se estabeleceram. Juntos, eles tiveram oito filhos: Carlos, Guilherme, Augusto, Emílio, Emília, Maria, Frederica e Germano.3
Entre 1902 e 1904, colportores adventistas chegaram pela primeira vez na área de Campos de Quevedos e Picada Feliz, começando com Henrique Berg. Mais tarde, entre 1903 e 1904, Augusto Brack e Artur Schwantes4 foram colportores na região. Germano Conrad se converteu ao Adventismo aos 15 anos de idade, como resultado de estudos bíblicos dados pelos colportores. Após a conversão, ele foi expulso de casa por causa da intolerância religiosa do pai, e começou a colportar.5
Ele também trabalhou por algum tempo na prensa adventista de Taquari, no Rio Grande do Sul, ajudando Leopoldo Preuss na impressão da revista missionária O Arauto da Verdade, que tinha 16 páginas e foi impressa por uma máquina de impressão manual. Embora viajasse bastante, Germano continuou como membro da Igreja de Campos dos Quevedos até novembro de 1909, quando se transferiu para outra igreja. Em 1911, recebeu uma credencial que o identificava como "Colportor Evangelista" da Associação Sul-Rio-Grandense.
Juntamente com Emílio Froemming, Germano colportou em Barra do Pirahy e em outras cidades próximas às ferrovias do Rio de Janeiro. Então a dupla foi para a cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, onde foram bem-sucedidos em seu trabalho com metodistas que, segundo os colportores, "provaram ser bons amigos dos adventistas e compraram muita literatura". Depois, foram para Leopoldina, também em Minas Gerais, onde colportaram em outras nove cidades do mesmo estado.6
Germano Conrad casou-se com Emília Joanna Carolina Beskow em 22 de maio de 1912, no distrito de Cerrito Alegre.7 Emília nasceu em uma família alemã que emigrou para o Brasil.8 Juntos, eles tiveram seis filhos: Willy Conrado, Irma Conrado Weidle (1914-1999), Waldemar Emanuel Conrado, Lídia Conrado Siqueira, Hugo Ernesto Conrado e Naor Germano Conrado.9
Após o casamento em 1912, Germano Conrad foi nomeado o primeiro diretor de colportagem e também missionário na antiga Missão Paulista, que abrangia todo o estado de São Paulo.10 Em 1914, Germano fez parte de uma campanha evangelística realizada em Santo Amaro, São Paulo, que resultou no estabelecimento da Igreja Adventista na antiga vila de Santo Amaro. Em 1915, acompanhou a delegação de pastores que inspecionaram as terras localizadas a nove quilômetros de Santo Amaro, que seriam compradas para o estabelecimento do Colégio Adventista Brasileiro (CAB, atual UNASP-SP).11 Ainda em 1915, deixou a Missão Paulista12 e foi com sua família para o CAB, onde viveram por dois anos. Posteriormente, eles se mudaram para Juiz de Fora, onde Conrad foi trabalhar no escritório da antiga Missão Mineira. Por volta de 1917, Conrad ocupou o cargo de diretor de colportagem.13
Mais tarde, a família Conrad mudou-se para a cidade de Itajaí, Santa Catarina, onde Germano passou a dedicar mais tempo ao pastoreio, embora nunca tenha sido um ministro ordenado. Ele trabalhou para a Missão Paranaense, 14 e, no período que esteve no estado, contraiu malária, tendo que vender seus próprios móveis para pagar o tratamento. Devido a ataques regulares de malária, Germano precisava se aposentar antes do final da década de 1920. No entanto, continuou trabalhando até o fim da sua vida, porém com menos intensidade.15 Conrad serviu como obreiro na Associação Santa Catarina de 1920 a 1923.16 Em 1924 e 1925, trabalhou na Missão Mineira Oeste.17
Após sua aposentadoria, ele continuou visitando grupos no interior, liderando semanas de oração e reavivamento e dirigindo classes batismais. Posteriormente, mudou-se para Mogi das Cruzes, São Paulo.18 Germano e sua família eram os únicos adventistas da cidade, e isso o preocupava. Procurando mudar esse cenário, Germano foi à cidade de São Paulo em 1932 para solicitar ao pastor Ennis Moore, presidente da Associação Paulista, que enviasse um evangelista para Mogi das Cruzes. O pastor Moore aceitou sua sugestão e rapidamente enviou o pastor Jerônimo Garcia.19 A série de reuniões foi bem-sucedida e o auditório ficava cheio todas as noites. Uma igreja adventista foi construída. Após o final da série, Germano Conrad continuou trabalhando com os interessados e organizou a construção da igreja.20
Em setembro de 1941, Conrad se mudou com sua família para o estado do Paraná, onde morou perto do recém-fundado Educandário Adventista de Butiá, para que dois dos seus filhos, Hugo e Naor, pudessem estudar ali. Durante o período em que viveu nesse lugar, viajou para os estados do Paraná e Santa Catarina, participando de campanhas de recolta, construção de igrejas e pregação.21
No final de 1950, Germano e Emília foram convidados para dirigir o Lar dos Idosos, próximo ao CAB. O casal aceitou o convite e trabalhou ali até meados de 1955, quando se mudaram para a cidade de Penha, Santa Catarina, onde construiu uma casa à beira-mar. Germano viveu ali até sua morte, em 22 de novembro de 1960, em Prainha, Penha, 22 cidade em que foi enterrado.23
Germano João Frederico Conrad deixou um importante legado à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele serviu a Igreja por 58 anos, sendo um dos primeiros adventistas nascidos no Brasil que participaram da colportagem.24 Ele também foi o primeiro diretor de colportagem da Missão Paulista, administrador do Colégio Adventista Brasileiro e missionário em Curitiba, Juiz de Fora, Varginha, Mogi das Cruzes, Butiá, Rio Negro, Itajaí e em outras cidades brasileiras.25 Germano também ajudou a fundar a Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE), em Petrópolis, Rio de Janeiro.26 Conrad foi o primeiro colportor a trabalhar em Minas Gerais, e os primeiros convertidos daquele estado aceitaram a mensagem adventista por meio do seu trabalho.27
Referências
Appendix C. In: Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC) Estante 2. Prateleira 13. Pasta “Conrad, Germano João Frederico.” Acessado em 21 de março, 2018.
Conrad, Germano João Frederico – Enciclopédia ASD. In: Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC Estante 2. Prateleira 13. Pasta “Conrad, Germano João Frederico.” Acessado em 21 de março, 2018.
Certidão de óbito (Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC).
“Emília Beskow Conrado,” Revista Adventista, ano 75, no. 7, julho 1980, 28. Acessado em 22 de março, 2016, http://acervo.revistaadventista.com.br/capas.cpb.
“Germano Conrado (1887-1960).” In: Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC. Estante 2. Prateleira 13. Folder “Conrad, Germano João Conrad.” Acessado em 21de março, 2018.
Certidão de Casamento (Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC)
Seventh-day Adventist Yearbook. Washington D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1916. Acessado em 22 de março, 2018, http://documents.adventistarchives.org/Yearbooks/YB1916.pdf.
Seventh-day Adventist Yearbook. Washington D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1918, 1921, 1924-1926. Acessado em 22 março, 2018. https://www.adventistyearbook.org/.
Siegfried Hoffmann. “Fim da Jornada,” Revista Adventista, ano 56, no. 2, fevereiro 1961, 37. Acessado em 22 de março, 2016, http://acervo.revistaadventista.com.br/capas.cpb.
Notas de Fim
- “Germano Conrado (1887-1960),” in Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, Estante 2. Prateleira 13. Folder “Conrad, Germano João Conrad,” page 1; certidão de óbito (Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC).↩
- Appendix C (Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC), 115; cerditão de casamento (Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC).↩
- Appendix C, 115-116.↩
- Ibid., 116↩
- “Germano Conrado (1887-1960),” 1.↩
- Appendix C, 117.↩
- Certidão de casamento; Appendix C, 118.↩
- Appendix C, 118; “Emília Beskow Conrado,” Revista Adventista, ano 75, no. 7, julho 1980, 28; “Germano Conrado (1887-1960),” 2.↩
- “Germano Conrado (1887-1960),” 7; Appendix C, 118.↩
- Appendix C, 118-119; Siegfried Hoffmann, “Fim da Jornada,” Revista Adventista, ano 56, no. 2, fevereiro 1961, 37.↩
- Appendix C, 119.↩
- “São Paulo Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1916), 155.↩
- Appendix C, 119.↩
- Ibid., 120; “Parana Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1918), 170; “Conrad, Germano João Frederico,” Enciclopédia ASD (Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC), 281.↩
- Appendix C, 120.↩
- “Santa Catharina Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1921), 124; “Santa Catharina Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1924), 153.↩
- “West Minas Geraes Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1925), 164; “West Minas Geraes Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1926), 179.↩
- Appendix C, 120.↩
- Ibid.; A. G. Ana, Jerônimo Era Assim (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1984), 67.↩
- Appendix C, 120.↩
- Ibid., 120-121; “Germano Conrado (1887-1960),” 4-5.↩
- Appendix C, 121; “Germano Conrado (1887-1960),” 6.↩
- “Conrad, Germano João Frederico,” 280-281.↩
- Appendix C, 115.↩
- “Germano Conrado (1887-1960),” 6; “Conrad, Germano João Frederico,” 280-281.↩
- Appendix C, 121.↩
- “Conrad, Germano João Frederico,” 280; Hoffmann, 37.↩