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John Lipke

Photo courtesy of Brazilian White Center - UNASP.

Lipke, Johannes Rudolph Berthold (1875–1943)

By The Brazilian White Center – UNASP

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The Brazilian White Center – UNASP is a team of teachers and students at the Brazilian Ellen G. White Research Center – UNASP at the Brazilian Adventist University, Campus Engenheiro, Coelho, SP. The team was supervised by Drs. Adolfo Semo Suárez, Renato Stencel, and Carlos Flávio Teixeira. Bruno Sales Gomes Ferreira provided technical support. The following names are of team members: Adriane Ferrari Silva, Álan Gracioto Alexandre, Allen Jair Urcia Santa Cruz, Camila Chede Amaral Lucena, Camilla Rodrigues Seixas, Daniel Fernandes Teodoro, Danillo Alfredo Rios Junior, Danilo Fauster de Souza, Débora Arana Mayer, Elvis Eli Martins Filho, Felipe Cardoso do Nascimento, Fernanda Nascimento Oliveira, Gabriel Pilon Galvani, Giovana de Castro Vaz, Guilherme Cardoso Ricardo Martins, Gustavo Costa Vieira Novaes, Ingrid Sthéfane Santos Andrade, Isabela Pimenta Gravina, Ivo Ribeiro de Carvalho, Jhoseyr Davison Voos dos Santos, João Lucas Moraes Pereira, Kalline Meira Rocha Santos, Larissa Menegazzo Nunes, Letícia Miola Figueiredo, Luan Alves Cota Mól, Lucas Almeida dos Santos, Lucas Arteaga Aquino, Lucas Dias de Melo, Matheus Brabo Peres, Mayla Magaieski Graepp, Milena Guimarães Silva, Natália Padilha Corrêa, Rafaela Lima Gouvêa, Rogel Maio Nogueira Tavares Filho, Ryan Matheus do Ouro Medeiros, Samara Souza Santos, Sergio Henrique Micael Santos, Suelen Alves de Almeida, Talita Paim Veloso de Castro, Thais Cristina Benedetti, Thaís Caroline de Almeida Lima, Vanessa Stehling Belgd, Victor Alves Pereira, Vinicios Fernandes Alencar, Vinícius Pereira Nascimento, Vitória Regina Boita da Silva, William Edward Timm, Julio Cesar Ribeiro, Ellen Deó Bortolotte, Maria Júlia dos Santos Galvani, Giovana Souto Pereira, Victor Hugo Vaz Storch, and Dinely Luana Pereira.

 

 

First Published: June 26, 2021

Johannes Rudolph Berthold Lipke (conhecido como John Lipke), colportor, evangelista, professor, médico, e um dos pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil, nasceu em 27 de junho de 1875,1 em um distrito industrial de Berlin, Alemanha.2 Filho de Johanne Ulrike Theodore (Lagemann) Lipke e Wilhelm August Ferdinand Lipke, ambos de famílias luteranas. Recém-nascido, John Lipke foi batizado na Igreja de St. Johannis em sua cidade natal.3

Nessa época, a Alemanha se tornou um Estado unificado, e Berlim se transformou na capital política e econômica, atraindo um grande número de pessoas devido às novas oportunidades. Apesar de sua conexão nominal com os luteranos, Lipke começou a frequentar em sua adolescência uma Igreja Batista do Livre Arbítrio no distrito de Charlottenburg.4 A ponte para conectar John Lipke à Igreja Adventista foi uma sociedade de jovens5 e, em 21 de abril de 1894, ele foi batizado pelo Pastor Ludwig R. Conradi no Rio Spree em Berlim. Na ocasião, outras sete pessoas foram batizadas, das quais três eram seus amigos da Igreja Batista do Livre Arbítrio. Posteriormente, esses amigos se tornariam pastores e missionários da Igreja Adventista do Sétimo Dia.6

Naqueles dias, grande parte do trabalho da Igreja Adventista de Sétimo Dia na Europa era realizado na Alemanha. Uma escola missionária foi fundada na cidade de Hamburgo para formar novos obreiros adventistas.7 O projeto era liderado pelo Pastor Conradi, quem coordenava as atividades acadêmicas.8 Hamburg era conhecida por ser uma cidade que oferecia maiores direitos civis, se comparada a outras cidades alemãs da mesma época. Por esse motivo, a cidade se tornou um importante centro evangelístico para a Igreja Adventista do Sétimo Dia.9

Após sua conversão, Lipke decidiu estudar Teologia10 e, para alcançar seu objetivo, mudou-se para Hamburgo, onde começou a colportar em uma campanha liderada por Frederick Weber Spies.11 Naquela época, o governo alemão mantinha um sistema de recrutamento militar bastante rígido, que obrigava todos os homens saudáveis, a partir dos 20 anos, a servir ao exército por três anos, sem nenhuma opção de dispensa por motivos religiosos.12

Enquanto colportava em 1895, Lipke decidiu se tornar um missionário; deixou a Alemanha com destino à Holanda, e dali foi para os Estados Unidos acompanhado de seu amigo Otto E. R. Reinke. No dia 6 de outubro, o navio Zaandam partiu de Amsterdã13 com destino aos Estados Unidos. Eles chegaram na cidade de Nova Iorque em 16 de outubro de 1895.14

Após sua chegada, Lipke passou a trabalhar como colportor15 em Missouri entre os imigrantes alemães.16 Em 1897, acompanhado de seu amigo Otto Reinke,17 Lipke se matriculou no Colégio de Battle Creek a fim de se preparar para o serviço no campo missionário.18 Nessa instituição, ele estudou as seguintes disciplinas: Antigo e Novo Testamentos, Música, Inglês, Alemão, História, Princípios de Saúde, Missiologia, Organização Eclesiástica e Colportagem.19

Em 12 de setembro de 1897, Lipke se casou com Auguste Wilhelmine Schulte (1871-1963), que também estudou no Colégio de Battle Creek.20 Ela era natural de New Haven, Missouri, e serviu no campo missionário ao lado do esposo como preceptora.21 O casal teve dois filhos, Bertha e Daniel.22

O missionário adventista William H. Thurston, que trabalhava no Departamento de Publicações, queria levar John Lipke para trabalhar no campo missionário brasileiro.23 Em 17 de agosto de 1897, em uma Comissão de Missões Estrangeiras realizada em Wilmington, Delaware, foi votado enviar John Lipke para o Brasil com o propósito de trabalhar na área educacional.24 Depois dessa decisão, o casal deixou os Estados Unidos pelo porto de Nova Iorque, em 13 de outubro de 1897,25 chegando à cidade do Rio de Janeiro em 23 de novembro de 1897.26

Depois de passar alguns dias na capital brasileira, eles partiram rumo ao estado do Rio Grande do Sul, onde Lipke se juntou ao Pastor Huldreich Graf na coordenação do estabelecimento de outra escola missionária na cidade de Taquari. Nessa época havia apenas duas escolas adventistas no Brasil – a primeira localizada na cidade de Curitiba, estado do Paraná, dirigida pelo professor Paul Krämer, e a segunda em Brusque, estado de Santa Catarina, liderada pelo professor Guilherme Stein Jr.27

Lipke liderou a escola de Taquari até dezembro de 1898, quando ela foi fechada. No ano seguinte, a Igreja abriu uma nova escola na cidade de Porto Alegre, onde Lipke serviu durante aquele ano.28 Ao final de 1899, Lipke aceitou o convite para ser diretor da escola adventista em Brusque, fundada por Guilherme Stein Jr. Em maio de 1900, a Missão Brasileira decidiu financiar a construção do dormitório masculino a fim de estabelecer a primeira escola missionária adventista no Brasil.29

Ainda em 1900, Albert Stauffer começou a trabalhar na escola como professor do departamento de agricultura.30 Além de lecionar, Lipke dividia sua rotina entre a sala de aula e o trabalho com os alunos na fazenda. Para o jovem pioneiro, o objetivo final do colégio era desenvolver um caráter cristão nos estudantes. O currículo escolar tinha as seguintes matérias: ensino da Bíblia, Biologia, Fisiologia, Aritmética, Alemão, Gramática, Leitura, Escrita, Geografia e Português.31 Por volta de 1902, Lipke e sua esposa Auguste adotaram Bertha Alvina Jankowsky, uma criança órfã de nove anos de idade.32

Em 1903, a escola em que Lipke trabalhava em Brusque foi transferida para Taquari, estado do Rio Grande do Sul, e ele foi convidado a liderar o projeto. Muitos pioneiros da IASD que futuramente trabalharam pelo território brasileiro estudaram naquela instituição. Podemos destacar os seguintes nomes: Leopoldo Preuss, Saturnino Mendes de Oliveira e José Amador dos Reis (primeiro pastor adventista brasileiro ordenado).33

Até aquela data, havia doze escolas paroquiais adventistas no país, e um dos maiores desafios era a falta de livros didáticos nas línguas portuguesa e alemã. Além disso, os professores ganhavam apenas de US$3,00 a US$6,00 dólares por mês (cerca de R$450,00 – R$900,00 reais em 2020).34 Segundo Lipke, o trabalho da escola era “educar os jovens estudantes, homens e mulheres, para serem corteses, bondosos e humildes com todos; úteis, ajudadores a todo tempo e capazes de fazer a obra missionária com alegria e gratidão”. O principal objetivo da escola era formar colportores, pregadores e missionários.35

De 23-30 de abril de 1904, a segunda assembleia da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil foi realizada na cidade de Joinville, estado de Santa Catarina, e o comitê sugeriu que John Lipke recebesse credenciais ministeriais.36 Além disso, o comitê autorizou os primeiros passos para a criação de uma casa publicadora na escola de Taquari.37 Depois de trabalhar por seis anos no Brasil, Lipke voltou aos Estados Unidos em 6 de maio de 1904, com propósito de angariar fundos para estabelecer a obra de publicações no Brasil. Ele chegou aos Estados Unidos em 19 de junho e, após um diálogo com o presidente da Conferência Geral, Arthur G. Daniels, Lipke deu início a uma campanha, visitando muitas comunidades adventistas nos estados de Missouri, Oklahoma, Kansas, Nebraska, Wisconsin e Michigan.38

Em toda oportunidade que tinha, Lipke apresentava o avanço da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil, apelando ao público para fazer doações a fim de ajudar o alcance missionário na América do Sul. Como resultado de seus esforços, angariou US$1.500,00 dólares (cerca de R$227.000 reais em 2020), mais uma prensa do Emmanuel Missionary College, que seria usada na primeira casa publicadora adventista no Brasil.39

No Emmanuel Missionary College, encontrou-se com seu antigo professor, Edward A. Sutherland, com quem aprendeu sobre os princípios da educação adventista.40 Antes de voltar para a América do Sul, ele participou de uma reunião da Conferência Geral realizada em Lincoln, Nebraska (provavelmente o Concílio Anual).41

Lipke deixou os Estados Unidos em 5 de dezembro de 1904, chegando ao Rio de Janeiro um mês depois. No Rio, Lipke apresentou um relatório à comunidade adventista sobre as contribuições que havia angariado durante a viagem, mostrando o quanto isso ajudaria a estabelecer a primeira publicadora no Brasil.

Em março de 1905, após uma reunião administrativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Taquari, estado do Rio Grande do Sul, foi votado que a primeira publicadora seria estabelecida na escola missionária de Taquari.42 Para esse propósito, naquela ocasião, a Igreja enviou três obreiros aos Estados Unidos: Jorge Sabeff, experiente tipógrafo, ao lado de Augusto Pages e Leopoldo Preuss.43

Lipke foi chamado para liderar a escola missionária de Taquari.44 Após o estabelecimento da primeira publicadora, Lipke ofereceu algumas bolsas para estudantes e, como resultado, muitos colportores evangelistas foram adicionados ao número de colportores estudantes.45 Lipke foi o primeiro administrador, e posteriormente foi substituído por Augusto Pages, que estivera trabalhando na Publicadora Adventista de Hamburgo.46 O primeiro material a ser publicado foi a revista Arauto da Verdade, em 10 de maio de 1905.47

Foi nesse mesmo ano que, devido ao aumento significativo da Igreja Adventista do Sétimo Dia na região Sul do Brasil, um grupo de protestantes traduziram o livro do ex-pastor adventista Dudley M. Canright para o português. Consequentemente, Lipke teve de enfrentar todas essas críticas e oposição à Igreja Adventista do Sétimo Dia.48

Em 1906, em uma sessão extraordinária da Associação Brasileira, foi decidido dividir o território brasileiro através do estabelecimento da Associação Sul-Rio-Grandense. Nessa ocasião, foi votado que John Lipke serviria no comitê administrativo do campo recém-fundado ao Sul do Brasil.49

O avanço da obra nessa área do país enfrentou muitas dificuldades devido à falta de obreiros. Em 1907, Lipke escreveu para a revista norte-americana Review and Herald apelando aos seus leitores para dedicarem sua vida ao campo missionário brasileiro. Lipke tentou encorajá-los a enfrentar os desafios da missão com um espírito corajoso. Escreveu que as dificuldades dos missionários seriam recompensadas pela conversão de novos membros. O discurso bastante realista de Lipke proveu aos leitores norte-americanos uma ideia bem clara do campo brasileiro.50 Em 1907, John Lipke foi ordenado ao ministério pastoral e foi eleito presidente do novo campo.51

Em meados de 1908, Lipke viajou por muitas cidades do estado do Rio Grande do Sul para fortalecer a fé dos novos membros e grupos adventistas recém-formados em cidades como Taquara, Solitário, Rolante, e a colônia alemã de Canta Galo. Devido à raridade da presença de um pastor naquelas áreas, um culto que começasse às 10h da manhã poderia se estender até às 18h da tarde, com pausa para o almoço. Nesses sábados, havia batismos e celebração da santa ceia.52

Nessa época, a Associação Sul-Rio-Grandense tinha apenas cinco igrejas para 400 membros. Em sua maioria, as campanhas missionárias haviam tido como alvo as colônias alemãs. Foi nesse momento que o livro A Vinda Gloriosa de Cristo começou a ser vendido pelos colportores em centros urbanos, tais como Porto Alegre, Santa Maria e Bagé. Lipke viu a necessidade de contextualizar os esforços dos missionários estrangeiros, a fim de que fossem obreiros eficientes entre a população brasileira. Por isso, seu objetivo primário era preparar cidadãos brasileiros para o envolvimento na missão, crendo que seriam mais eficientes no ensino da Bíblia aos seus conterrâneos, de fala portuguesa.53

Sua convicção de alcançar grandes centros urbanos desenvolveu-se pela leitura dos escritos de Ellen White. Foi nesse período que as primeiras tendas para evangelismo público foram compradas. Lipke enfatizava aos missionários adventistas sobre a importância dos princípios de saúde, ao dizer que esse ministério abriria o caminho para a recepção da mensagem adventista.54

Em 1908, sob a supervisão de Lipke, iniciou-se um plano sistemático de evangelismo público na região Sul brasileira; o foco estava nos grandes centros urbanos.55 A primeira campanha aconteceu em Santa Maria, em abril do mesmo ano, alcançando a frequência de 60 pessoas. As tendas foram compradas com doações de diferentes pessoas, dentre elas os pastores J. W. Westphal e F. W. Spies.56

Depois de conduzir a campanha em Santa Maria, Lipke foi para Taquara, onde visitou as pessoas que haviam sido alcançadas por Ricardo Olm; desse grupo, cinco pessoas foram batizadas. Após a campanha, visitou outros grupos de adventistas nas cidades de Rolante, Cantagalo Campestre, Solidário Parobé, São Lourenço e Campos dos Quevedos.57

Lipke planejava fortalecer o evangelismo em centros urbanos ao convidar colportores para participarem das campanhas. Para esse fim, criou um instituto de colportagem na cidade de Taquari. Após a primeira sessão de treinamentos, enviou oito colportores para trabalhar em diversas cidades do estado do Rio Grande do Sul.58 Lipke permaneceu na presidência da associação até o final de 1908.59 Em 1909, aceitou o chamado para iniciar uma escola missionária para treinamento de colportores na cidade de São Bernardo do Campo, estado de São Paulo.60 Além disso, entre 1909 e 1911, Lipke liderou o departamento Jovem em seu campo. Uma de suas atividades em 1909 foi criar e editar a revista alemã Der Jugendfreund [O Amigo do Jovem], com o objetivo de alcançar o público jovem em geral.61

Em 1910, Lipke foi eleito presidente de um novo campo adventista, a Missão Este Brasileira, que abrangia estados como Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.62 Apesar de ser presidente desse campo, Lipke colportava nas grandes cidades vendendo o livro Caminho a Cristo.63 Em novembro de 1911, Frederick Spies, presidente da União Brasileira, visitou John Lipke e soube da necessidade do campo por mais obreiros. Como a Igreja não tinha os meios para atender à demanda, Lipke começou a treinar um grupo de obreiros dentre os novos conversos, formando colportores e obreiros bíblicos. Nessa época, dois obreiros conduziram uma campanha evangelística com um mês de duração nas cidades de Maceió, Caruaru e Recife. Nesse contexto, o Pastor Spies escreveu um artigo para a revista Review and Herald fazendo um apelo urgente por mais missionários para servir no campo brasileiro.64

Ao final de 1911, a Igreja Adventista do Sétimo Dia alcançou o estado da Paraíba pela primeira vez, onde Lipke batizou os primeiros três conversos. Com o acréscimo desse novo campo, Lipke era o único ministro ordenado em uma área de dez estados, o que tornou seu trabalho bastante difícil em vista de atender às demandas de todos os campos.65

Em 1912, Lipke fez um apelo por missionários no periódico The Youth's Instructor. O pioneiro percebia grande potencial no Brasil para a aceitação da mensagem adventista. Em sua visão missiológica, acreditava que missionários precisavam trabalhar nas áreas educacional e de saúde.66

Seus esforços levaram líderes adventistas a convidarem-no para organizar um curso de colportagem na cidade de São Bernardo, São Paulo, em meados de 1912. O curso contou com a presença dos pastores Germano Conrad e Frederick Spies e durou três semanas.67 Depois de voltar para o Nordeste, Lipke expandiu o alcance de seu trabalho, chegando ao estado do Rio Grande do Norte. Posteriormente, alcançou o estado do Pará, ajudando dessa forma no estabelecimento da Igreja na grande área ao Norte do Brasil.68

Em 1913, três líderes da Igreja no Brasil foram convidados a participar da sessão da Conferência Geral; eram eles Frederick Spies, John Lipke e Waldemar Ehlers.69 Durantes as reuniões, eles apresentaram um relato à Igreja mundial sobre os avanços da IASD no Brasil, mas também ressaltaram os desafios do campo. Seus apelos foram ouvidos, e novos missionários foram enviados.70

Lipke dirigiu a Missão Este Brasileira por três anos.71 Durante esse período, Lipke e sua esposa tiveram alguns problemas de saúde como resultado do clima quente e seco. Por esse motivo, os líderes da igreja decidiram transferi-los em meados de 1913.72 Naquele ano, antes de sua saída, o campo nordestino passou por crescimento significativo. Sob a supervisão de Lipke, em dois anos, o número de colportores chegou a dez, de um total de 27 em todo o território brasileiro.73 Quando iniciou o trabalho na Missão Este Brasileira, havia apenas 18 membros de igreja. Ao deixar o campo três anos depois, a membresia havia aumentado para 140. Sua meta era ter ao menos um membro adventista em cada estado do Norte e Nordeste.74

Ao deixar o estado da Bahia, Lipke aceitou um convite para ser presidente da Missão Paulista, posição que ocupou pelos próximos quatro anos.75 Durante esse tempo, Lipke enfrentou grande oposição católica na cidade de Santo Amaro, estado de São Paulo. Como consequência, os primeiros frutos de seu trabalho no local foram 20 batismos, resultado de uma estratégia combinada da mensagem bíblica com a mensagem de saúde. Nessa fase de seu ministério, Lipke desenvolveu um método evangelístico que consistia em treinar obreiros para pregar, fazer apresentações sobre saúde, leituras da Bíblia e visitação.76

Dessa maneira, a frequência e participação do público nas campanhas evangelísticas não diminuiu, considerando que as reuniões aconteciam três vezes por semana. Os assuntos práticos sobre saúde eram grandes atrativos aos participantes. Nessa época, a Conferência Geral enviou duas mulheres para trabalhar no campo médico-missionário, e elas deram contribuição especial ao trabalho evangelístico em Santo Amaro. Depois de alguns meses, dezenas de pessoas foram batizadas.77 Além do seu trabalho rotineiro, Lipke dava aulas para os missionários estrangeiros que chegavam ao Brasil, ensinando português e estratégias evangelísticas.78

Em 1914, a construção de uma escola missionária em São Paulo começou a se tornar uma realidade. Saturnino de Oliveira, antigo aluno de Lipke na escola em Taquari, estava trabalhando como obreiro bíblico em Santo Amaro. Em meio às suas atividades, uma pessoa chamada Pantaleão Teisen, interessado em conhecer o evangelho, mencionou que tinha uma grande propriedade no bairro do Capão Redondo.79 Dez líderes foram designados para visitar a terra e os donos.80 Nesse grupo estavam O. Montgomery, A. Pages, F.Spies, J. Lipke, J. Boehm, H. Meyer, M. Rohde, M. Kümpel, A. Rockel e F. Kümpel.81

Nessa época, Lipke descobriu que o Pastor John Boehm queria fazer uma contribuição especial à área da educação. Boehm era uma pessoa multi-talentosa, com conhecimentos em agricultura, construção, mecânica e outras áreas. Por isso, foi convidado a deixar Nova Europa, estado de São Paulo, onde trabalhava como pastor, e vir para o novo terreno, recém-adquirido, com propósito de ajudar a estabelecer o Seminário Adventista (posteriormente chamado de Colégio Adventista Brasileiro e hoje, UNASP-SP).82 A nova instituição foi inaugurada em 6 de maio de 1915, com Lipke na presidência e Boehm na administração. As aulas começaram em 3 de julho de 1915, com 12 estudantes.83

Em 2 de agosto de 1915, a escola recebeu a visita de líderes Sul-Americanos e de W. W. Prescott, da Conferência Geral. Nessa ocasião, o Pastor John Lipke foi eleito diretor do Seminário e eles oficialmente estabeleceram a pedra fundamental do prédio principal.84

Em 1916, Lipke fez outro apelo, dessa vez na revista Mission Quarterly, expondo as necessidades do Seminário Adventista. Ele pontuou que o maior alvo da instituição era educar missionários nativos sob uma estrutura industrial e prover bolsas de estudo para estudantes carentes. Sua ideia era estabelecer departamentos de produção de tijolos, telhas, avicultura e lacticínios. Para alcançar esse objetivo, Lipke apelou aos leitores americanos para ajudá-los com seus recursos e orações.85

Em outubro de 1918, durante a reunião anual da União Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Lipke pontuou que seria impossível para ele atender a ambas as responsabilidades de presidente da Missão Paulista e diretor do Seminário Adventista. Portanto, R. Süssmann foi designado para substituí-lo na Missão Paulista.86 Ao fim de 1918, T. W. Steen se tornou o novo diretor do Seminário Adventista.87 Sob sua administração, houve a reorganização do currículo do seminário teológico, que resultou na graduação da primeira turma em 1922.88

Em 1919, Lipke foi novamente convidado para ser presidente da Associação Sul-Rio-Grandense. Enquanto trabalhou nessa posição, esteve também na liderança do departamento de Educação.89 No ano seguinte, em 10 de abril de 1920, John Lipke, W. E. Howell e J. H. Westphal ordenaram José Amador dos Reis, a primeira pessoa de naturalidade brasileira a ser ordenada ao ministério pastoral.90

Até esse momento, Lipke havia servido à Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil por 23 anos.91 Em seguida, ele viajou para os Estados Unidos junto com a família, estabelecendo-se em Loma Linda, Califórnia,92 onde recebeu tratamentos especiais e posteriormente começou a estudar medicina.93 Durante esse período, Lipke foi autorizado pela Conferência Geral a angariar fundos para a obra no Brasil. Lipke também pediu sua permissão para aprender novas técnicas evangelísticas com base no trabalho que estava sendo feito na Califórnia, e novos métodos que poderiam ser aplicados no Brasil.94

Em 1921, ao lado do Pastor Boehm, participou de um encontro de publicações em Mountain View, CA.95 Além disso, teve a oportunidade de treinar estudantes do Pacific Union College para a obra da colportagem.96 No ano seguinte, Lipke deu início a uma campanha evangelística em Gustine, CA. Parte de seus esforços foi dedicado a alcançar falantes do português.97

Lipke graduou-se em Medicina em 1925 e, após retornar para o Brasil, foi morar no Rio de Janeiro, onde usou suas habilidades ministeriais na Associação Rio de Janeiro.98 Em fevereiro de 1926, Lipke fez várias apresentações sobre saúde e tratamentos simples para os doentes em um curso de colportagem que dirigiu em Campos, estado do Rio de Janeiro.99

Seu trabalho como médico no Brasil era bastante limitado, pois tinha que validar seu diploma diante das autoridades brasileiras. Caso contrário, lhe seria permitido trabalhar apenas sob supervisão de um médico chefe. Ao considerar todas essas exigências, em 1927 Lipke voltou aos Estados Unidos a fim de fazer um curso de pós-graduação.100

Com a ajuda do Dr. John Lipke, os líderes da União Este Brasileira fizeram planos para iniciar a obra médica no Rio de Janeiro.101 Uma provisão de US$ 2.000 dólares foi feita para esse propósito. Depois de voltar ao país, terminado o curso de pós-graduação, Lipke estava mais preparado para servir à Igreja.102 Devido à burocracia das leis brasileiras, Lipke começou a atender pacientes em uma clínica própria,103 atendendo no primeiro andar de sua casa. Influenciados por essa iniciativa, a mensagem de saúde adventista teve novo impulso na cidade do Rio de Janeiro, o que posteriormente teve grande impacto no processo de estabelecimento do Hospital Adventista Silvestre.104

Lipke se aposentou em 1935 devido a problemas de saúde, e foi morar na região de Santo Amaro, São Paulo.105 Mesmo aposentado, Lipke manteve uma coluna na Revista Adventista, na qual escrevia sobre assuntos relacionados à saúde.106 Depois de passar por complicações de saúde, Lipke faleceu às 17h30, em 18 de junho de 1943, deixando a esposa e dois filhos adotivos, Bertha e Daniel. Foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro, cidade de São Paulo.107

Ao longo de 45 anos de serviço, Johannes Rudolph Berthold Lipke prestou grandes contribuições à obra da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil e pode ser considerado um dos obreiros mais valiosos do país, servindo estrategicamente em áreas cruciais, tais como a colportagem, educação, evangelismo, ministério pastoral, administração e saúde. Suas contribuições podem ser observadas em todas as regiões geográficas do Brasil, de norte a sul. Com espírito incansável e grande compromisso, ajudou a espalhar o evangelho pelo país. Sua vida é um grande exemplo de trabalho abnegado na direção do cumprimento da missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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Wurts, Louise V. “A Letter from Brazil.” Columbia Union Visitor, fevereiro, 1914.

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Notas de Fim 

  1. Germano G. Ritter, “Dr. John Lipke,” Revista Adventista, agosto, 1943, 25; Anexo A – Certidão de nascimento de John Lipke, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC), 1.
  2. Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” Trabalho de conclusão de curso, Centro Universitário Adventista de São Paulo, Engenheiro Coelho Campus, 2016, 13; John Lipke: primórdios, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 1, 2.
  3. Anexo A – Certidão de nascimento de John Lipke, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 1; Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” 13; John Lipke: primórdios, 1, 2.
  4. John Lipke: primórdios, 1, 2; Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” 15.
  5. “Missionary Volunteer Department,” General Conference Bulletin, Thirty-Eighth Session, junho, 4, 1913, 272.
  6. Anexo B – Batismo de John Lipke, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC; John Lipke: primórdios, 2, 3.
  7. John Lipke: Origens, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 1.
  8. Ibid., 2.
  9. Ibid., 4.
  10. G. G. Ritter, “John Lipke, M. D.,” ARH, setembro, 30, 1943, 18.
  11. Ritter, “Dr. John Lipke,” 25.
  12. B. L. Whitney, “Historical sketches of the foreign missions of the Seventh-Day Adventist” (Basle: Imprimerie Polyglotte, 1886), 19-20; Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” 16.
  13. Servindo a Deus nos Estados Unidos, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 11; Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” 17.
  14. Anexo E – Registro portuário da viagem de Lipke e Reinke para os EUA em 1895, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 1.
  15. Ritter, “Dr. John Lipke,” 25.
  16. Servindo a Deus nos Estados Unidos, 10, 11.
  17. Ibid.
  18. G. G. Ritter, “John Lipke, M. D.,” ARH, setembro, 1943, 18; Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” 17.
  19. Anexo F – Exemplar do conteúdo programático das Escolas Missionárias nos EUA, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 1-7.
  20. Ritter, “Dr. John Lipke,” 25; “Lipke-Auguste Wilhelmine Schult,” ARH, julho, 1963, 25; Ritter, “John Lipke, M. D.,” 18; Anexo I – Certidão de casamento de John e Augusta Lipke (Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC).
  21. “Lipke-Auguste Wilhelmine Schult,” 25.
  22. Ritter, “Dr. John Lipke,” 25.
  23. W. H. Thurston, “Brazil,” ARH, outubro, 1896, 638.
  24. Index of Proceedings of The Seventh-Day Adventist foreign Mission Board: Thirty-Third Meeting (Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC), 39 e 40.
  25. J. E. Jayne, “Another Call Answered,” The Home Missionary, outubro, 1897, 194.
  26. Thurston, “Brazil,” 400; Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” 20; Ritter, “John Lipke, M. D.,” 18; Spies, F. W., “Brazil,” ARH, dezembro, 28, 1897, 831; John Lipke, “Brazil,” The Missionary Magazine, setembro, 1898, 341; Kramer, Paul, “Our School at Curityba Brazil,” The Missionary Magazine, junho, 1899, 255.
  27. Thurston, “Brazil,” 400; Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” 20; Ritter, “John Lipke, M. D.,” 18; Spies, F. W., “Brazil,” ARH, dezembro, 28, 1897, 831; John Lipke, “Brazil,” The Missionary Magazine, setembro, 1898, 341; Paul Kramer, “Our School at Curityba Brazil,” The Missionary Magazine, junho, 1899, 255.
  28. Thurston, “Brazil,” 400; Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” 20.
  29. W. H. Thurston, “Mission School in Brazil,” The Missionary Magazine, novembro, 1900, 491-492; John Lipke, “Progress Brazil Mission School,” The Advocate Christian Education, janeiro, 1903, 26.
  30. F. W. Spies, “Notes from Brazil,” ARH, setembro, 18, 1900, 11.
  31. John Lipke, “Progress Brazil Mission School,” The Advocate Christian Education, janeiro, 1903, 27.
  32. XV. John Lewis, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 56.
  33. David Moróz, “Origem e história dos adventistas no Rio Grande do Sul - Primeira Parte,” Revista Adventista, dezembro, 1993, 8; Germano G. Ritter, “Dr. John Lipke,” Revista Adventista, agosto, 1943, 25.
  34. John Lipke, “Christian Schools in Brazil,” The Advocate Christian Education, julho, 1904, 108-109.
  35. Cronologia do Instituto Adventista de Ensino, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 1.
  36. F. W. Spies, “Brazil Conference,” ARH, agosto, 1904, 13.
  37. Moróz, “Origem e história,” 8.
  38. Diálogo entre John Lipke e Arthur G. Daniells, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC; Alisson de Souza Loureno, “John Lipke: sem fronteiras para a missão,” 22; John Lipke, “Travels in Behalf of Brazil,” ARH, dezembro, 1904, 17; Moróz, “Origem e história,” 8.
  39. Lipke, “Travels in Behalf of Brazil,” 17; Moróz, “Origem e história,” 8.
  40. Período Pré-formativo do Seminário de Teologia no Brasil (1900 - 1918), Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 9, 10.
  41. Lipke, “Travels in Behalf of Brazil,” 17.
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  43. Moróz, “Origem e história,” 8.
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  45. Moróz, “Origem e história,” 8.
  46. Rubens Lessa, “Casa Publicadora Brasileira: 85 anos de história,” Revista Adventista, dezembro, 1985, 5, 6.
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  49. J. W. Westphal, “A Conferência do Estado Rio Grande do Sul,” Revista Trimensal, julho, 1906, 3.
  50. John Lipke, “Young boys at the forefront,” ARH, junho, 1907, 23.
  51. “Rio Grande Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1908), 123.
  52. John Lipke, “Brazil,” ARH, agosto, 1908, 18.
  53. John Lipke, “The Rio Grande Do Sul Conference,” ARH, setembro, 1907, 15.
  54. Ibid.
  55. John Lipke, “The First Tent-Meeting in Brazil,” ARH, maio, 1908, 13.
  56. John Lipke, “The Rio Grande (Brazil) Conference,” ARH, julho, 1908, 15.
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  59. “Rio Grande Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1909), 126.
  60. “South American Union Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1910), 123; Prener, H. S., “Brazil,” ARH, agosto, 1909, 16.
  61. M. E. Kern, “Society Studies in Bible Doctrines,” The Youth's Instructor, agosto, 1910, 13; “Young People's Missionary Volunteer Department,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1910), 16, 174; “Brazilian Union Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1912), 139.
  62. “East Brazil Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1911), 126.
  63. John Lipke, “Working for Brazilian Officials,” ARH, abril, 1911, 16; John Lipke, “Missão Este Brasileira,” Revista Mensal, setembro, 1911, 11, 12.
  64. Floyd Greenleaf, Terra de Esperança: O crescimento da Igreja Adventista na América do Sul (Tatui, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), 123-124; F. W. Spies, “A Visit to the East Brazil Mission,” ARH, março, 1912, 12.
  65. F. W. Spies, “From the eastern coast…” ARH, dezembro, 1911, 24.
  66. “Needs of Brazil and Our Opportunities,” The Youth's Instructor, outubro, 1912, 14.
  67. F. W. Spies, “Curso de colportores em São Paulo,” Revista Mensal, agosto, 1912, 5; F. W. Spies, “Noticiario,” Revista Mensal, agosto, 1912, 5, 6.
  68. John Lipke, “Bahia - Brazil,” ARH, novembro, 1912, 13.
  69. Anexo K – Registro portuário da viajem de John Like para a Conferência Geral de 1913, em Washington, EUA, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 1.
  70. “Special Midsummer Services,” ARH, julho, 1913, 641.
  71. “East Brazil Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1911), 140, “East Brazil Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1913), 135.
  72. “Needs,” The General Conference Bulletin, junho, 1913, 215.
  73. Greenleaf, Terra de Esperança, 124.
  74. F. W. Spies, “East Brazil Mission,” ARH, janeiro, 1913, 16.
  75. “São Paulo Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1914), 148; “São Paulo Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1917), 163.
  76. “São Paulo (Brazil) Mission,” ARH, setembro, 1914, 2.
  77. Ibid.
  78. Louise V. Wurts, “A Letter from Brazil,” Columbia Union Visitor, fevereiro, 1914, 2.
  79. Eduardo Faiock Bomfim, “Saturnino Mendes de Oliveira” (Monografia, Instituto Adventista de Ensino, 1988), 9.
  80. Jairo T. Araújo, “Parabéns, IAE!,” Revista Adventista, dezembro, 1995, 35.
  81. Cronologia do Instituto Adventista de Ensino, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 7.
  82. João M. Rabello, “John Boehm: educador pioneiro no Brasil,” Revista Adventista, abril, 1989, 15.
  83. Ibid.; Cronologia do Instituto Adventista de Ensino, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 8.
  84. Lançamento da Primeira pedra do Edifício da Escola Missionária, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 1; Cronologia do Instituto Adventista de Ensino, Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC, 10.
  85. John Lipke, “Our Need of a Training School,” Missions Quarterly, 1916, 15-17.
  86. O. Montgomery, “A Visit to Brazil,” ARH, fevereiro, 1918, 12.
  87. “Brazilian Union Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1918), 169; “Brazilian Seminary,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1919), 194; “North Brazil Union Mission,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1919), 166.
  88. Alberto R. Timm, ed., A educação adventista no Brasil. Uma história de Aventuras e milagres (Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2004), 129-131.
  89. “Rio Grande do Sul Conference,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1920), 182
  90. Ivan Schmidt, José Amador dos Reis, Pastor e Pioneiro, (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1980), 66.
  91. John L. Shaw, “The Work and Workers,” ARH, agosto, 1920, 5.
  92. “Ministerial Directory,” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, DC.: Review and Herald Publishing Association, 1921), 260; Wilcox, Francis Mclellan, “Elder and Mrs. John Lipke,” ARH, setembro, 1920, 32.
  93. Ritter, “John Lipke, M. D.,” 18; “Our Health Ministry,” ARH, março, 1929, 3.
  94. “Two Hundred Sixty-Ninth Meeting General Conference Committee: setembro, 6, 1920” (Acervo do Centro Nacional da Memória Adventista/Centro de Pesquisas Ellen G. White: UNASP-EC), 1.
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  96. “The College Institute,” Pacific Union Recorder, abril, 1921, 2.
  97. “Central California,” Pacific Union Recorder, agosto, 1922, 5.
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  99. E. P. Mansell, “Campos Colporteur Institute,” South American Bulletin, abril, 1926, 6.
  100. “Missionary Sailings,” ARH, setembro, 1926, 24; “Medical Work,” ARH, abril, 1927, 8; “Medical Missionary Work in South America,” ARH, março, 1927, 2.
  101. “Medical Missionary Work in South America,” ARH, março, 1927, 2.
  102. “A Long Reach in Medical Extension Work,” ARH, abril, 1927, 2.
  103. Greenleaf, Terra de Esperança, 395.
  104. “Our Health Ministry,” ARH, março, 1929, 3.
  105. Ritter, “John Lipke, M. D.,” 19; Howell, W. E., “A Glimpse of Mission Life,” ARH, novembro, 1937, 12.
  106. John Lipke, “Seção Médica,” Revista Adventista, abril, 1931, 3.
  107. Ritter, “John Lipke, M. D.,” 19.
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