Hospital Adventista do Pênfigo
By Charlise do Carmo Alves dos Santos, Julia Castilho, Rodolfo Figueiredo de Sousa, and Otoniel Ferreira
Charlise do Carmo Alves dos Santos
Julia Castilho
Rodolfo Figueiredo de Sousa lives in the State of Goiás, Brazil. He holds a degree in theology, languages and history from Brazil Adventist University. For a time he served as a writing assistant on the editorial team of the Encyclopedia of Seventh-day Adventists at the South American Division.
Otoniel Ferreira
First Published: June 20, 2021
O Hospital Adventista do Pênfigo (HAP) é uma instituição médica missionária da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil e faz parte da Rede Adventista Internacional de Saúde.
O Hospital Adventista do Pênfigo funciona com duas unidades no território da União Centro-Oeste Brasileira (UCOB). Sua sede está localizada na Avenida Gunter Hans, nº 5885, CEP 79076-900, no bairro Jardim Pênfigo, na cidade de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. O Hospital Adventista do Pênfigo Unidade II está localizado na Rua Barão do Rio Branco, nº 2590, no centro da cidade de Campo Grande.
O HAP é considerado um dos maiores hospitais privados do estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. É reconhecido pelo serviço filantrópico prestado à comunidade, e tornou-se um padrão nacional no tratamento de pacientes com pênfigo.1 Hoje, o hospital possui 75 leitos2 e oferece serviços nas especialidades de angiologia, cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia cardiovascular, cirurgia geral, clínica geral, dermatologia, gastroenterologia, ginecologia e obstetrícia, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, nutrição, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria, proctologia, psicologia e urologia.3
Acontecimentos que Levaram ao Estabelecimento da Instituição
Na época em que o adventismo chegou ao que é atualmente o território do Mato Grosso do Sul, não havia fronteira com o estado do Mato Grosso, e ambos formavam uma única unidade federativa do Brasil.4 A mensagem adventista chegou naquela região de clima tropical por volta de 1921, quando a Missão Mato-Grossense (atual Associação Sul-Mato-Grossense) foi estabelecida, com sede em Campo Grande.5 Desde aquele ano até 1927, cerca de 35 pessoas foram batizadas pelo Pastor Max Rohde, o então líder daquele campo missionário.6 Durante os anos seguintes, houve vários outros desenvolvimentos da Igreja Adventista na região, como a implantação da Rede Educacional Adventista, coordenada pela Professora Iolanda Karrú e pelo Pastor Alfredo Meier.7
A obra médico-missionária no Mato Grosso do Sul também surgiu nessa época, e teve um início um tanto incomum. Em 1930, o Pastor Alfredo Barbosa de Souza trabalhou na cidade de Corumbá, no interior do estado, na fronteira com a Bolívia. Enquanto ele e sua família viviam ali, sua esposa Áurea foi afetada pelo pênfigo, então conhecido como “o fogo-selvagem”.8 O pênfigo é uma doença grave, mas não contagiosa, e se caracteriza pelo surto de bolhas no peito, rosto e couro cabeludo. Com o tempo, a doença se espalha por todo o corpo causando descamação generalizada e, posteriormente, a morte.9
Os médicos de Corumbá prescreveram pomadas e vitamina D para Áurea. Entretanto, durante o curso da doença, as bolhas, então diagnosticadas como eczema, espalharam-se pelo abdômen e pelas costas. O tormento causado pela doença cria a constante sensação de ardor e, como não conseguiram encontrar um dermatologista na região, o casal teve que procurar ajuda na capital de Campo Grande. A partir daí, Alfredo e Áurea experimentaram uma verdadeira luta na tentativa de descobrir o diagnóstico e um tratamento que pudesse aliviar a dor. Em sua busca por tratamento natural, deixaram seus quatro filhos com amigos na cidade onde moravam e partiram para as “Águas Calientes”, na cidade de Robore, Bolívia. Quando chegaram ao local, tiveram que dormir a céu aberto e sofreram o preconceito de pessoas que, sem um conhecimento preciso, temiam a transmissão da doença.10
Embora Áurea tenha se submetido a um novo tratamento na Bolívia, a dor não diminuiu. Sua febre aumentou, seus pés incharam, e a persistência dos sintomas provou que os métodos utilizados até aquele momento não haviam trazido efeitos positivos. Durante meses, aquele casal fez viagens constantes, enfrentando hospedagens desconfortáveis e incertezas em relação aos vários diagnósticos médicos que, muitas vezes, divergiam um do outro. Muitos outros tratamentos foram prescritos sem nenhum resultado. Após meses de sofrimento doloroso, eles foram para o Hospital Adhemar de Barros, localizado na cidade de São Paulo, Brasil. Quando chegaram ali, Áurea foi atendida por um médico que, ao avaliar sua condição, disse a Alfredo que sua esposa tinha o pior tipo de pênfigo e que, devido ao progresso da doença, estimou que ela sobreviveria por apenas mais dois meses.11
Com o passar do tempo, a situação de Áurea foi se agravando cada vez mais. As bolhas, que já a cobriam da cabeça aos pés, romperam e coagularam, trazendo ainda mais dor e sofrimento. Diante dessa situação, Alfredo ajoelhou-se e orou mais uma vez pela força e orientação divina. Ele disse: “Ó Deus! Nossa sabedoria humana e nossa força estão enfraquecidas. Guia-nos através deste vale escuro para que possamos dedicar o resto de nossas vidas a Ti.” O estado clínico de Áurea apontava para a necessidade de uma hospitalização imediata. Contudo, como ela não morava na cidade de São Paulo, não podia usufruir das instalações hospitalares locais. Assim, ela ficou alguns dias no Colégio Adventista Brasileiro (atual Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus São Paulo). Mais tarde, o casal se mudou para a casa de amigos que moravam na região. Assim, ficaram com eles até que Alfredo recebeu um empréstimo para comprar uma casa na cidade.12
Após obter os recursos financeiros, Alfredo deixou sua esposa aos cuidados de amigos e retornou a Corumbá com o objetivo de recolher os pertences da família e trazer seus filhos a São Paulo, a fim de reduzir a aflição emocional que Áurea enfrentava. No caminho de volta, uma cena chamou sua atenção: ele viu uma senhora com uma cor de pele um pouco diferente entrar em um carro. Intrigado, Alfredo foi perguntar o que estava acontecendo. O marido da senhora explicou que ela estava passando por um tratamento contra o pênfigo e que estava demonstrando resultados positivos. O medicamento havia sido desenvolvido por Isidoro Jamar, farmacêutico argentino que morava em Sidrolândia, cidade vizinha de Campo Grande.13 Alfredo foi imediatamente ao encontro de Jamar e comprou o medicamento. Em seguida, voltou para São Paulo a fim de iniciar o tratamento da Áurea.14
De volta a São Paulo, Alfredo aplicou a pomada em sua esposa. Ela era composta de piche e, por isso, tinha um cheiro forte e desagradável. Contudo, essa primeira aplicação teve um resultado diferente do esperado. Disse Áurea: “Este é o fim! [...] Sinto como se uma tocha de fogo estivesse por todo o meu corpo! Eu não aguento mais!” A dor causou espasmos musculares tão intensos que ela se jogou na cama e depois no chão como uma reação à agonia causada pelo remédio. Apesar disso, eles decidiram continuar com o tratamento e, à medida que outras aplicações foram sendo realizadas, Áurea começou a melhorar. A recuperação foi rápida e logo ela foi capaz de novamente fazer as tarefas domésticas. Semelhantemente ao que aconteceu com a mulher que Alfredo conheceu durante sua viagem, Áurea também sofreu uma mudança na cor da pele devido ao efeito colateral do piche presente na pomada. A descoberta do tratamento mudou os planos do casal. Após três semanas de tratamento, Alfredo voltou a Corumbá, depois pegou seus filhos e os levou para São Paulo para que pudessem estar mais próximos da mãe. Mais tarde, Alfredo foi chamado para servir a obra missionária adventista em Campo Grande.15
O drama vivido pelo Pastor Alfredo e sua família deu origem a uma nova fase do trabalho missionário em suas vidas. Em Campo Grande, Alfredo alugou um quarto na casa pertencente ao casal Bernardo e Ida Baís Rodrigues, moradores locais. Ao caminhar pela cidade, o pastor encontrou uma menina sentada, encurvada pela dor. Ela se chamava Corina, e seu corpo estava coberto de bolhas de pênfigo. Alfredo sabia que seus anfitriões, Bernardo e Ida, tinham um terreno perto do cemitério local. Essa terra pertencia à irmã de Ida, chamada Lídia. Com a permissão da Lídia, o casal Baís abrigou Corina em uma pequena construção naquele terreno. Quando as pessoas da cidade se deram conta de que o Pastor Alfredo estava ajudando a menina, “um fazendeiro doou leite, a padaria enviou pão e um movimento de apoio que se espalhou pela comunidade e começou a doar alimentos e roupas para atender às necessidades de Corina.”16
Pouco tempo depois, um dos membros da Igreja Adventista de Campo Grande descobriu uma mulher chamada Ana, outra vítima de pênfigo que estava deitada à beira da estrada. Ela havia sido abandonada por seu marido e amigos. “Havia moscas, insetos e percevejos em todas as feridas abertas. O cheiro desagradável causava náuseas, mesmo a 30 metros de distância.” Eles iniciaram o mesmo tratamento em Ana e, assim que ela foi colocada no banho quente de eucalipto como parte da terapia, vários vermes saíram de seu corpo. Na época, Ida e Bernardo começaram a ajudar intensamente Alfredo a cuidar daqueles dois pacientes. Após se envolverem no processo de cuidado, o casal compreendeu a necessidade de a Igreja encontrar um local adequado para continuar ajudando as vítimas de pênfigo, e assim se iniciou um trabalho sistemático de assistência destinado a essas pessoas.17
Ao ponderar sobre a situação, a Sra. Ida Baís Rodrigues estava disposta a doar parte da fazenda (cerca de 40 hectares) para a construção de um hospital. Enquanto isso, a notícia de como os adventistas da cidade estavam ajudando pacientes penfigosos se espalhou por toda a região. Com o passar do tempo, mais manifestações de boa vontade surgiram e ainda mais voluntários e doações vieram de muitos lugares diferentes. Essas doações possibilitaram o acolhimento e tratamento daqueles que sofriam com o “fogo-selvagem”.18
Fundação da Instituição
As primeiras instalações para o tratamento de pênfigo foram construídas em março de 1949. Eram palhoças de sapê usadas como uma forma improvisada de ajudar no tratamento a doença.19 Na época, o Pastor Durval Stockler de Lima assumiu a liderança da Missão Mato-Grossense (atual Associação Sul Mato-Grossense) e percebeu o potencial médico missionário do trabalho iniciado pelo Pastor Alfredo. Ainda em 1949, a pequena unidade começou a ser administrada pela União Sul Brasileira (atual União Central Brasileira).20 O hospital foi oficialmente criado em 1950 com o nome de Hospital Adventista do Pênfigo21 e começou a funcionar no terreno doado por Ida Baís, que ficava próximo à rodovia que liga as cidades de Campo Grande e Sidrolândia.22
A área doada por Ida Baís foi muito importante para o início do hospital. Na época, a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande não permitia que o hospital funcionasse na região central da cidade, pois se acreditava que o pênfigo era extremamente contagioso. Por essa razão, foi recomendado aos líderes da Missão que o hospital fosse localizado longe do centro da cidade. Anos mais tarde, porém, ficou provado que a doença não era contagiosa.23 Também devido à falta de conhecimento preciso sobre a doença, o tratamento dos pacientes era considerado desqualificante e injusto.24 Além disso, quando o hospital começou a funcionar, poucas pessoas tinham recursos suficientes para pagar pelos serviços. Percebendo isso, o Pastor Durval e Rubens Segre foram ao farmacêutico Isidoro Jamar (o criador do medicamento) para pedir a fórmula da pomada. Depois que os pastores explicaram suas razões para obter a fórmula e as motivações de cura por trás da fé adventista, Isidoro concordou em fornecer a fórmula para a pomada que curava o “fogo selvagem”. Mais tarde, essa pomada começou a ser chamada de “Jamarsan” em homenagem ao seu criador.25
Em 25 de abril de 1951, o médico Edgar Bentes Rodrigues, também formado em teologia, foi chamado pela União Sul Brasileira para ser o primeiro diretor médico do HAP. Sua missão era legalizar o trabalho no hospital em benefício dos penfigosos para que fosse realizado regularmente. Visando esse objetivo, em 1952, o HAP foi construído e o primeiro prédio da instituição foi inaugurado, ainda oferecendo apenas instalações muito básicas. Esse primeiro edifício tinha inicialmente 15 leitos, com Edgar Bentes Rodrigues como diretor clínico e Hugo Gegembauer como diretor administrativo.26 O edifício ficava a cerca de 15 quilômetros do centro de Campo Grande e, mais tarde, veio a ser utilizado para acomodar o laboratório de análises clínicas do HAP. Desde a sua inauguração, o Hospital já tinha que abrigar mais pessoas do que sua capacidade na tentativa de atender a demanda das pessoas carentes na região.27
Em parceria com o Hospital Adventista do Pênfigo, também foi criada a Clínica Adventista da Figueira, inaugurada em abril de 1951.28 Essa clínica funcionava na Rua Constituição, em Campo Grande, oferecendo tratamentos naturais para doenças físicas e psicológicas de acordo com os princípios de saúde adventista. Também contava com o consultório do HAP.29 Alguns medicamentos mais caros que eram utilizados pelo Hospital eram comprados com os lucros que vinham da Clínica da Figueira. Não muito depois disso, a Clínica abriu a Sauna Cataratas do Iguaçu, a primeira desse tipo na cidade de Campo Grande.30
História da Instituição
Em 1953, a instituição passou a se chamar Hospital Mato-Grossense do Pênfigo31 e, no ano seguinte (1954), 15 novos leitos foram adicionados ao hospital, que originalmente possuía apenas 30 leitos.32 De 1951 a 1959, um total de 478 casos de pênfigo foram tratados no Hospital. Destes, 167 casos foram declarados curados e 108 pessoas foram grandemente auxiliadas ao ponto de a doença ficar estagnada. Os 203 pacientes restantes tiveram um tratamento mais longo do que o esperado, uma vez que o estágio da doença estava muito avançado. O número de mortes registradas durante esse período foi de 13 casos confirmados.33 Com tais resultados, a fama do Hospital Mato-Grossense do Pênfigo espalhou-se pelo Brasil, e os pacientes começaram a vir de longas distâncias (inclusive de fora do Brasil) para receber tratamento para a doença.34
Apesar de todos os esforços que já haviam sido feitos durante os primeiros anos de atividades, o Hospital ainda tinha instalações de certa forma pouco higiênicas e sua localização era cercada por uma estrada empoeirada e acidentada. A área do Hospital era grande, mas a região não havia melhorado. A grama era alta, e havia lixo e muitos animais venenosos na área ao redor. Na realidade, naquela época, até mesmo as grandes cidades sofriam com o constante racionamento de energia. Nessas ocasiões, quando um paciente se sentia mal durante a noite, era necessário auxiliá-lo usando luz de velas ou lanternas. Não havia telefone e nem mesmo conseguia-se fazer uma ligação direta. Tudo o que podia ser feito era pedir ao telefonista para completar a ligação desejada, embora o tempo de espera pudesse chegar a 10 horas.35
Ainda no início da década de 1960, o hospital não tinha refeitório, e a ala masculina era na verdade um galpão de três paredes, sem piso e sem reboco. Também não havia instalações sanitárias nem qualquer vidro nas janelas. Os pacientes se ajudavam mutuamente durante os banhos usando canecas, e a água era aquecida em um grande tambor de óleo. Esses mesmos pacientes costumavam balançar galhos a fim de manter afastados quaisquer insetos. Não havia cama na ala masculina e os colchões eram velhos. Toras de árvores eram usadas como almofadas sob cada colchão para manter a cabeça elevada. É por isso que uma das doações memoráveis que a instituição recebeu foi a do casal local Paulo e Gisá Amaral, que forneceram fardos de tecido para que pudessem ser feitas roupas de cama e banho para os pacientes. Por volta dessa época, o médico Günter Hans foi chamado para servir no Hospital.36
A partir do início da década de 1960, o hospital começou a se desenvolver em diversas áreas. Nesse período, foram proporcionados asfalto interno, água potável, energia elétrica, telefone, veículos, ambulâncias, horta, pomar e gado leiteiro.37 Devido à situação delicada, a administração do hospital solicitou doações em benefício dos pacientes e da própria unidade de saúde. Nessa ocasião, um dentista chamado Kalil Rahe, que também era violinista da Orquestra Sinfônica do Paraná, decidiu ajudar o Hospital Mato-Grossense do Pênfigo, dando um concerto de música clássica. Os ingressos seriam vendidos, e todos os lucros obtidos seriam direcionados para o hospital. O evento foi conduzido pelos maestros Emygdio Vidal e João Ribeiro. Junto com Rahe, dois outros médicos – João Pereira da Rosa e Coriolano Baís – e seus consultórios ajudaram a promover o evento. Os lucros obtidos por esse concerto permitiram a reforma das duas enfermarias femininas.38
Em 1961, foi realizada a segunda campanha para a reforma e construção do Hospital. A Orquestra Sinfônica do Paraná realizou mais uma vez um concerto beneficente, conduzido pelo Maestro Frederico Liebermann. Outra parte da campanha foi a montagem de um estande de apresentação no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande. À medida que as reformas ou construções eram concluídas, pequenas inaugurações eram realizadas, as quais contavam com a presença de doadores como convidados em jantares e outros encontros beneficentes.39
Em 1962, o Dr. Günter Hans (então diretor clínico do hospital) respondeu a um chamado para cuidar de um paciente que sofria de uma alergia. Esse paciente era um frade alemão chamado Hermano, diretor dos frades da Paróquia de São Francisco. Na conversa com Hans, o religioso disse que já tinha ouvido falar do hospital e de suas campanhas em prol dos doentes, e que estava ciente de que, até então, as campanhas de caridade não haviam resolvido todas as necessidades da instituição. Ciente desse fato, o frade também disse a Hans: “Dentro de um mês, o cônsul da Alemanha vem nos visitar; talvez você possa fazer um pedido de ajuda em nome do hospital, pois é uma instituição filantrópica; mesmo que seja uma quantia pequena, será mais uma fonte de auxílio.”40
Quando o cônsul da Alemanha chegou a Campo Grande, o Dr. Hans e Frei Hermano o receberam no aeroporto. Dias depois, o cônsul visitou o hospital e se surpreendeu com o fato de que, mesmo com tão pouco tempo de serviço e com tantas dificuldades financeiras, tudo estava sendo muito bem administrado. Depois de um tempo, o cônsul enviou uma carta ao Dr. Hans sobre o projeto do Hospital Mato-Grossense do Pênfigo, e anexou um levantamento sobre todo o material de construção, equipamento médico, desde a enfermaria até as salas de cirurgia, de que tinham necessidade. Tudo foi imediatamente providenciado, e os orçamentos foram enviados em negociação direta com as fábricas, apresentando fotos e slides. Após esse contato, vários meses se passaram até que o cônsul desse uma resposta positiva.41
A doação recebida forneceu recursos suficientes para finalizar a construção de todo o complexo hospitalar, e os recursos ainda permitiram que a unidade fosse equipada com os melhores dispositivos disponíveis na época. Devido à quantia significativa das doações, todos os móveis para os quartos, incluindo camas, bem como os utensílios de cozinha para preparar e servir alimentos aos pacientes também foram adquiridos. Além disso, móveis foram comprados para a ala administrativa, equipamentos odontológicos, bem como máquinas de lavar roupa e aparelhos de raios-X. A construção de outras alas importantes foi finalizada, como por exemplo o setor de esterilização, e quatro quartos para funcionários. No mesmo período, uma van foi doada ao hospital, que continuou recebendo mais ajuda. Ainda na década de 1960, uma escola e uma capela foram construídas com o objetivo de oferecer atenção integral aos pacientes e treinamento para profissionais de saúde.42
Ao longo dos anos, o tratamento do pênfigo evoluiu e começou a ser realizado com a introdução da corticoterapia. Mesmo com a adoção de novos tratamentos, a direção do Hospital esteve continuamente buscando formas de melhorar a medicina desenvolvida por Isidoro Jamar. Durante um congresso de dermatologia na cidade do Rio de Janeiro, o Doutor Hans conheceu o Doutor Alcides da Silva Jardim, diretor do Laboratório de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nessa ocasião, Hans apresentou para Silva Jardim o “Jamarsan” e lhe falou sobre os efeitos da pomada nos pacientes. O professor ficou interessado no medicamento e disse que estudaria uma maneira de remover o piche da fórmula sem perder sua eficácia. A pesquisa do Doutor Silva Jardim resultou em uma pomada cujo uso se tornou agradável e de ação lubrificante.43 Por meio de pesquisa, de fato uma fórmula melhor foi descoberta.44 Essa nova fórmula usada posteriormente pelo Hospital foi apresentada e recomendada para uso durante um simpósio realizado no Rio de Janeiro, em dezembro de 1962.45
À medida que o tempo foi passando, o Hospital se desenvolveu não apenas na área científica, mas também na infraestrutura. Em 18 de dezembro de 1966, uma nova estrutura foi construída, com 60 leitos e quatro apartamentos.46 Em 25 de abril de 1971, foi inaugurado o Centro de Pesquisa Dermatológica do Hospital, que funcionava em parceria com a Universidade Estadual do Mato Grosso. Seu objetivo era estudar mais profundamente as causas do pênfigo, além de outras doenças de pele,47 e contou com a participação de estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Pública do Mato Grosso. O Centro de Pesquisa Dermatológica foi de grande importância visto que, desde a década de 1960, o Hospital não tratava apenas o pênfigo, mas também outras doenças de pele.48
Por volta de 1973, a instituição teve seu nome alterado novamente e ficou conhecida na região como Hospital Adventista do Pênfigo.49 Cerca de dois anos mais tarde (1975), a administração do Hospital começou a pensar em expandir a unidade para um hospital geral com 96 leitos.50 O objetivo era que a instituição oferecesse clínica geral e cirúrgica. O HAP passou por uma nova reforma e uma nova ala foi construída, com 16 apartamentos e um centro cirúrgico.51
Entre os pacientes do Hospital Adventista do Pênfigo estavam índios nativos das regiões norte e centro-oeste do Brasil. Eles eram levados ao Hospital pela Fundação Nacional do Índio do Brasil (FUNAI) para receber tratamento. E pelo trabalho realizado em benefício a essa população, em 19 de abril de 1978 – quando se comemora o Dia do Índio no Brasil – o Hospital Adventista do Pênfigo e a Igreja Adventista foram homenageados pelo Ministério do Interior do Brasil (MINTER) e pela FUNAI com um prêmio e a Medalha do Mérito Indigenista. Na ocasião, a Igreja foi representada pelo Pastor Itanel Ferraz, que recebeu o reconhecimento do Ministro Rangel Reis e do General Ismarth de Oliveira, então presidente da organização, pelo trabalho realizado pelo Hospital Adventista do Pênfigo.52
Em outubro de 1981, teve início uma nova fase na história da instituição. A partir daquele ano, o Hospital começou a oferecer mais especialidades médicas, além do tratamento de pênfigo e outras doenças de pele já oferecido.53 No ano seguinte, em 20 de maio de 1982, o novo prédio do hospital geral foi inaugurado. Essa nova instituição foi denominada Hospital Adventista de Campo Grande, e oferece hoje mais de 20 especialidades médicas, incluindo cuidados gerais e cirúrgicos. No primeiro prédio, uma ala foi separada para o Centro de Estilo de Vida em Saúde (CVS, que ainda não havia sido inaugurado), e outra para atendimento dermatológico de pacientes, principalmente para pessoas com pênfigo foliáceo. Nesse local, os pacientes com pênfigo eram tratados filantropicamente, de forma gratuita.54
Em 1987, foi inaugurado o Centro de Estilo de Vida Saudável, que está em funcionamento até hoje. O objetivo dessa instituição é utilizar medicamentos naturais como tratamento, seguindo o modelo do Sanatorio Adventista del Plata, na Argentina. No ano seguinte (1988), o hospital teve seu nome alterado novamente, passando a se chamar Hospital Adventista do Pênfigo.55 Em 1992, o complexo hospitalar na Avenida Günter Hans já contava com três edifícios diferentes: O Hospital Adventista do Pênfigo, dedicado exclusivamente ao tratamento de pênfigo; o Hospital Adventista de Campo Grande, que oferecia assistência em outras especialidades médicas; e o Centro de Estilo de Vida Saudável. No início da década de 1990, essa instituição contava com um total de 100 leitos para atender seus pacientes.56
Em paralelo com o foco no cuidado da saúde, o HAP também manteve sua vocação missionária. Um exemplo disso ocorreu no final de 1993, quando a igreja que funciona na instituição foi constituída como um distrito pastoral. Naquele ano, o distrito hospitalar contribuiu com 215 batismos no cumprimento de sua missão missionária.57 Nos anos 2000, o HAP celebrou várias realizações, sendo uma delas a aquisição de outra unidade. Até julho de 2007, o Hospital tinha duas áreas: a sede na saída para Sidrolândia e uma clínica médica na Rua Padre João Crippa, nº 1098, no centro da cidade de Campo Grande. Em agosto do mesmo ano, a fim de ter um relacionamento mais próximo com a população de Campo Grande, o HAP adquiriu o Hospital Maternidade Pro Matre, localizado na Rua Barão do Rio Branco, nº 2590. Assim, o Pro Matre tornou-se o Hospital Adventista do Pênfigo Unidade II e, com essa aquisição, o HAP passou a oferecer atendimento obstétrico e vascular, além de cirurgias ginecológicas e plásticas.58
Hoje, o HAP continua empenhado em pesquisas relacionadas ao pênfigo foliáceo, que foi a razão inicial de sua fundação. Várias hipóteses sobre o desenvolvimento dessa doença também foram estudadas nos Estados Unidos com a participação do HAP através do Grupo Cooperativo de Estudos do Pênfigo Foliáceo. Assim, espera-se que os tratamentos oferecidos aos pacientes do Hospital continuem evoluindo. A missão do Hospital Adventista do Pênfigo, assim como era no início e continua sendo até hoje, é promover a saúde física, mental e espiritual, seguindo o exemplo de Jesus, que é o Médico dos médicos. Os valores do hospital são o amor a Deus e ao próximo, considerando os pacientes como o centro das atenções, respeitando os princípios bíblicos, a ética profissional e a mais alta qualidade dos serviços prestados. Sua visão é alcançar a excelência na prevenção e cura, promovendo a saúde integral.59
O HAP também mantém um acordo com o governo do Mato Grosso do Sul e a prefeitura de Campo Grande através do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse acordo permite que a população tenha acesso a cirurgias eletivas financiadas pelo SUS.60 Além do tratamento em suas unidades de saúde, o HAP também promove ações sociais com a participação de funcionários e voluntários da Igreja Adventista do Sétimo Dia no estado do Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, o Hospital tem realizado Feiras de Saúde61 e se envolvido diretamente em outras atividades missionárias da Igreja Adventista, com atenção voltada para o bem-estar geral da população da cidade e da região onde está localizado.62
Papel Histórico da Instituição
O Hospital Adventista Pênfigo é hoje uma referência médica na cidade onde está localizado e em todo o país. Esse reconhecimento se deve ao fato de que o HAP oferece tratamento de qualidade a seus pacientes e porque se especializou no tratamento de pacientes com pênfigo foliáceo (algo incomum para a maioria dos hospitais). Além disso, a HAP oferece esse tratamento de forma filantrópica – sem custo para os pacientes – e incentiva atividades promocionais de saúde para a população em geral. Estas e outras ações têm sido importantes para a assistência do HAP à comunidade ao seu redor.63
Além disso, ao prestar esses serviços, o HAP não busca apenas tratar doenças, mas promover um estilo de vida saudável baseado nas instruções de Deus, e o faz através de toda sua estrutura, recursos humanos e experiência médica. Em três frentes – tratamento filantrópico especializado, tratamentos gerais e o Centro de Estilo de Vida Saudável – o HAP continua buscando cumprir o seu propósito da maneira mais dedicada possível, que é desempenhar o trabalho médico-missionário de acordo com a visão e a missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia.64
Panorama
Considerando a trajetória do Hospital, que foi fundado de forma ousada e funcionava inicialmente em instalações rudimentares, até suas realizações mais recentes, o HAP tornou-se uma referência como instituição de saúde adventista no Brasil. Reconhece-se que isso aconteceu pela soma dos esforços realizados, incluindo o trabalho pioneiro daqueles que primeiro enfrentaram a doença rara do pênfigo – cujo diagnóstico e solução eram quase desconhecidos na década de 1940 – e também o compromisso de todos os corajosos trabalhadores que mais tarde dedicaram seus serviços à instituição.65
No entanto, essa jornada de sucesso, ao mesmo tempo em que evoca o reconhecimento dos esforços já realizados, também inspira confiança no Deus que tudo dirigiu. Além disso, essa bela trajetória também desafia o HAP, como instituição confessional Adventista do Sétimo Dia, a continuar cumprindo sua missão, tendo sempre em mente que seu objetivo principal é promover o Evangelho eterno através dos serviços médicos oferecidos.66
Lista de Nomes da Organização67
Hospital Adventista do Pênfigo (1950-1952); Hospital Mato-Grossense do Pênfigo (1953-1972); Hospital Adventista do Pênfigo (1973-1981); Hospital Adventista de Campo Grande (1982-1987); Hospital Adventista do Pênfigo (1988-atual).
Lista dos Líderes68
Diretores Clínicos: Edgar B. Rodrigues (1952-1960); Hans Günter (1961-1973); Alfredo Marquart Jr. (1974-1976); W. da S. Lessa (1977); Rene Gross (1978-1979); J. C. F. Xavier (1980-1981); João Kiefer Filho (1982-1983); Hélnio Judson Nogueira (1988-2000); Daniel de Faria (2001-2002); Odinilson A. Fonseca (2003-2008); Marcio Cley Fernandes dos Reis (2009-2014); William Joubert dos Santos (2015-2016); Gerson Trevilato (2017-atual).
Diretores Gerais: Hugo Gegembauer (1952-1955); I. P. Loyola (1956-1960); L. T. Nunes (1961); Hans Günter (1965-1971); A. B. Rosa (1972-1977); Rubens Crivellaro (1978-1981); Rony H. Lopes (1982-1983); João Lotze (1988); Elizabeth Santelli dos Santos (1989-1993); Iva B. de Souza (1994-2002); Demir Dener di Berardino (2003); Paulo Candido dos Reis (2004-2005); Joselmo Pablo Mews (2006-2008); Eloi Marcondes de L. Cezar (2009-2012); Pierre Manoel Damasio (2013-2017); Sergio Fernandes dos Reis (2020-atual).69
Referências
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Sella, Luiz Fernando e Daniela Tiemi Kanno. Manual da Feira de Saúde. Divisão Sul-Americana, 2015.
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Silva, Alberto Fabrício B. N. e. “Histórico da Igreja Adventista do 7º Dia Central de Campo Grande, MS.” Monografia, Instituto Adventista de Ensino, 2002.
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Vaccari, Glaucea. “Parceria entre Prefeitura e Hospital do Pênfigo vai tirar 60 crianças de fila por cirurgia.” Correio do Estado, (Online), 23 de janeiro de 2020.
Valle, Arthur de Souza. “Inaugurado o Centro de Pesquisas Dermatológicas.” Revista Adventista 66, no. 8 (agosto de 1971).
Valle, Artur de Souza. “Realizado o 1º Encontro Nacional do Pênfigo.” Revista Adventista 65, no. 3 (março de 1970).
Valle, Arthur S. “FUNAI Homenageia Hospital Adventista do Pênfigo.” Revista Adventista 73, no. 6 (junho de 1978).
Notas de Fim
- “Os pênfigos são doenças relativamente raras caracterizados pela formação de bolhas na pele e, às vezes, também nas mucosas (como boca, garganta, olhos, nariz e região genital de homens e mulheres. [...] O pênfigo foliáceo [...] é o tipo é mais comum no Brasil do que em outros países, ocorrendo principalmente nas áreas rurais, onde é também chamado de ‘fogo selvagem’.” Sociedade Brasileira de dermatologia, “Pênfigo – O que é?,” acessado em 13 de maio de 2020, https://bit.ly/3fNGHWI.↩
- Seventh-day Adventist Online Yearbook [Anuário IASD], “Penfigo Adventist Hospital [Hospital Adventista do Pênfigo],” acessado em 14 de maio de 2020, https://bit.ly/2AlyWHg.↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “Especialidades” acessado em 13 de maio de 2020, https://bit.ly/35YWjC8.↩
- Do G1, “Divisão do estado de Mato Grosso completa 30 anos,” G1, 11 de outubro de 2007, acessado em 9 de março de 2020, https://glo.bo/2wHqQan.↩
- “Mato Grosso Mission [Missão Mato-Grossense],” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1979), 277.↩
- “Mato Grosso Mission [Missão Mato-Grossense],” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1922), 129; “Matto Grosso Mission [Missão Mato-Grossense],” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1930), 236.↩
- Alberto Fabrício B. N. e Silva, “Histórico da Igreja Adventista do 7º Dia Central de Campo Grande, MS, Monografia, Instituto Adventista de Ensino, 2002, 8.↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “História,” acessado em 11 de janeiro de 2019, https://bit.ly/2WJHHUZ.↩
- Sonia F. Albuquerque Lima, 100 Anos em Memórias: Adventistas do Sétimo Dia em Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS: Gráfica e Editora Alvorada, 2015, 46.↩
- Ibid.↩
- Ibid.↩
- Don R. Christman, O Tempo Não Apagou. Alfredo, Áurea e o fogo-selvagem, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1987, 97, 87.↩
- Ibid., 87, 103-108.↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “História,” acessado em 11 de janeiro de 2019, https://bit.ly/2WJHHUZ.↩
- Don R. Christman, O Tempo Não Apagou. Alfredo, Áurea e o Fogo-Selvagem, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1987, 116, 117.↩
- Ibid., 125, 128, 129.↩
- Ibid., 129-131.↩
- Ibid., 131, 132.↩
- Christman, O Tempo Não Apagou, 130.↩
- Lygia Hans, Günter Hans: Um Verdadeiro Médico Missionário, São Paulo, SP: Novo Dia, 2014, 62.↩
- “Penfigo Adventist Hospital [Hospital Adventista do Pênfigo],” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1953), 296.↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “História,” acessado em 11 de janeiro de 2019, https://bit.ly/2WJHHUZ .↩
- Ibid.↩
- Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), “Pênfigo: O que é?,” acessado em 2 de março de 2020, https://bit.ly/2TmglBT .↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “História,” acessado em 2 de março de 2019, https://bit.ly/2WJHHUZ.↩
- “Penfigo Adventist Hospital [Hospital Adventista do Pênfigo],” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1953), 296; Artur de Souza Valle, “Realizado o 1º Encontro Nacional do Pênfigo,” Revista Adventista 65, no. 3 (março de 1970): 19.↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “Missão, Visão e Valores,” acessado em 11 de janeiro de 2019, https://bit.ly/2IxOj0j.↩
- Edgar Rodrigues, “Clínica da Figueira,” Revista Adventista 54, no. 10 (outubro de 1959): 25, 26.↩
- “Clínica da Figueira,” Revista Adventista, (março de 1960): 31.↩
- Hans, Günter Hans: Um Verdadeiro Médico Missionário, 62, 64.↩
- “Penfigo Adventist Hospital [Hospital Adventista do Pênfigo],” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1954), 307.↩
- Artur de Souza Valle, “Realizado o 1º Encontro National do Pênfigo,” Revista Adventista 65, no. 3 (março de 1970): 19.↩
- Christman, O Tempo Não Apagou. Alfredo, Áurea e o Fogo-Selvagem, 139, 140.↩
- Hans, Günter Hans: Um Verdadeiro Médico Missionário, 57; Gunter Hans, “Hospital Mato-Grossense do Pênfigo - Obra Missionária Por Excelência,” Revista Adventista 59, no. 1 (janeiro de 1964): 2.↩
- Hans, Günter Hans: Um Verdadeiro Médico Missionário, 54-57, 62.↩
- Ibid., 59, 60, 66.↩
- Sonia F. Albuquerque Lima, 100 Anos em Memórias: Adventistas do Sétimo Dia em Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS: Gráfica e Editora Alvorada, 2015, 54.↩
- Hans, Günter Hans: Um Verdadeiro Médico Missionário, 58, 59.↩
- Ibid., 65, 66.↩
- Lima, 100 Anos em Memórias: Adventistas do Sétimo Dia em Mato Grosso do Sul, 68.↩
- Ibid., 69.↩
- Hans, Günter Hans: Um Verdadeiro Médico Missionário, 76; Ronaldo C. Bottsford, “Régio Presente,” Revista Adventista 57, no. 3 (março de 1962): 22.↩
- Hans, Günter Hans: Um Verdadeiro Médico Missionário, 82.↩
- Christman, O Tempo Não Apagou. Alfredo, Áurea e o Fogo-Selvagem, 140, 141.↩
- Gunter Hans, “Hospital Mato-Grossense do Pênfigo - Obra Missionária Por Excelência,” Revista Adventista 59, no. 1 (janeiro de 1964): 2.↩
- Charlise Alves, “Curando há sete décadas,” Revista Adventista, 23 de julho de 2019, acessado em 23 de março de 2020, https://bit.ly/2xmUthb.↩
- Arthur de Souza Valle, “Inaugurado o Centro de Pesquisas Dermatológicas,” Revista Adventista 66, no. 8 (agosto de 1971): 20, 21.↩
- Ivan Schmidt, “Um Hospital Que Apaga o Fogo,” Revista Adventista, 66, no. 6 (junho de 1972): 22, 23.↩
- “Penfigo Adventist Hospital [Hospital Adventista do Pênfigo],” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1973-1947), 386.↩
- E. Köhler, “Hospital do Pênfigo,” Revista Adventista 70, no. 6 (julho de 1975): 21, 22.↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “História,” acessado em 25 de setembro de 2019, https://bit.ly/2WJHHUZ.↩
- Arthur S. Valle, “FUNAI Homenageia Hospital Adventista do Pênfigo,” Revista Adventista 73, no. 6 (junho de 1978): 25, 26.↩
- “Hospital Adventista: Nova Fase,” Revista Adventista, dezembro de 1981, 19, 20.↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “História,” acessado em 23 de março de 2020, https://bit.ly/2WJHHUZ.↩
- “Penfigo Adventist Hospital [Hospital Adventista do Pênfigo],” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1989), 476.↩
- Joaquim X. de Macedo e Hélnio J. Nogueira, “Salvos do fogo,” Revista Adventista 88, no. 8 (agosto de 1992): 14, 15.↩
- “Resultado das atividades da MSM é satisfatório,” Revista Adventista, março de 1994, 17.↩
- Keila Flores, “Hospital Adventista do Pênfigo compra o Hospital Pro Matre,” Revista Adventista 102, no. 1193 (outubro de 2007): 37.↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “Missão, Visão e Valores,” acessado em 25 de setembro de 2019, https://bit.ly/2IxOj0j.↩
- Glaucea Vaccari, “Parceria entre Prefeitura e Hospital do Pênfigo vai tirar 60 crianças de fila por cirurgia,” Correio do Estado, 23 de janeiro de 2020, acessado em 13 de maio de 2020, https://bit.ly/2T4SBSn; J. Gonçalves, “Em parceria com Hospital do Pênfigo, Caravana da Saúde realiza cirurgias eletivas em Campo Grande,” Secretaria de Estado da Saúde, 14 de setembro de 2016, acessado em 13 de maio de 2020 https://bit.ly/2WWATSj.↩
- “A Feira da Saúde é um evento de um, dois ou mais dias, aberto ao público de todas as etnias e crenças, sem custo ou lucro. Geralmente é organizada em locais públicos como ginásios, escolas, parques, praças e shoppings. A comunidade é convidada a participar e receber os benefícios dos testes e instruções,” Luiz Fernando Sella e Daniela Tiemi Kanno, Manual da Feira de Saúde (Divisão Sul-Americana de 2015), 15.↩
- “Nova Andradina recebe Feira da Saúde do Hospital Adventista do Pênfigo,” Prefeitura de Nova Andradina, 23 de outubro de 2017, acessado em 13 de maio de 2020, https://bit.ly/3bxHc3Q.↩
- Charlise Alves, “Referência nacional,” Revista Adventista, 20 de outubro de 2017, acessado em 23 de março de 2020, https://bit.ly/33Hrscm.↩
- Hospital Adventista do Pênfigo, “Missão, Visão e Valores,” acessado em 25 de setembro de 2019 https://bit.ly/2IxOj0j.↩
- Ibid.↩
- Ibid.↩
- “Penfigo Adventist Hospital [Hospital Adventista do Pênfigo],” Seventh-day Adventist Yearbook (Washington, DC: Review and Herald Publishing Association, 1953), 296; Seventh-day Adventist Online Yearbook, “Penfigo Adventist Hospital [Hospital Adventista do Pênfigo],” acessado em 17 de março de 2020, https://bit.ly/3d8cVec.↩
- Ibid. Para informações mais detalhadas sobre todos os funcionários médicos e administrativos do Hospital Adventista do Pênfigo, consulte os Anuários da IASD (Yearbooks) de 1953 a 2018.↩
- Mais informações sobre o Hospital Adventista do Pênfigo podem ser encontradas no site http://penfigo.org.br/ e nas mídias sociais do Facebook: @hospitaladventistadopenfigohap e Instagram: @hospitaladventistadopenfigo.↩